quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Em algum lugar do passado...

Em 2011 resolvi seguir o conselho de duas pessoas para que criasse um blog. Luciana Estevão sempre gostou de ouvir minhas aventuras na reportagem e achava que eu deveria dividir essa experiência. Elaine Gomes deu o empurrão que faltava, me mostrando a importância de relembrar ou, porque não, redescobrir minha trajetória profissional.
Pensei...pensei...pensei... e decidi! Não sou nenhuma expert em informática, então, fui atrás de uma colega que tinha um blog e perguntei qual era o caminho. Com a resposta, xeretei e consegui criar a página. Escrevi os primeiros textos. Um amigo me ensinou a colocar as fotos na página. Para mim, uma descoberta e tanto!! Depois da "aula", fui me aperfeiçoando, mudei a diagramação várias vezes, até chegar na atual. E sigo aprendendo...
Escrever no blog é um prazer. Aos poucos, a memória traz histórias que vivi e que estavam esquecidas em algum lugar do passado. Hoje mesmo, olhei para uma planta chamada Maria Sem Vergonha e lembrei de uma experiência engraçada durante uma reportagem. Logo pensei: vou escrever no blog! Prometo contar em breve.
Em janeiro de 2012, completo 17 anos de jornalismo, a maior parte na reportagem. E continuo exercendo a profissão com o mesmo entusiasmo do início. Já vivi altos e baixos, mas não desisto. Sigo determinada no meu caminho.
2012 é o meu ano. Eu decidi e assim será. Então, que venha 2012!!!!
Feliz ano novo!!! E obrigada por acompanhar minhas aventuras...

domingo, 18 de dezembro de 2011

A criança e a coxa do peru

Teve um 25 de dezembro que passei com a família Ota. Os pais do menino Ives, que foi assassinado por um segurança, organizaram um almoço natalino para famílias carentes da Vila Formosa, bairro onde moravam, na zona leste de São Paulo. Foi uma festa para centenas de pessoas. Almoço bem feito. E para as crianças, presentes. Muitos presentes. Foi um dia muito alegre. Casal gentil, os jornalistas também foram convidados a almoçar.
Em outro Natal fui cobrir a distribuição de brinquedos e almoço para famílias de Osasco, na Grande São Paulo. A festa era oferecida por um empresário da cidade. As pessoas eram simples, traziam tigelas, panelas, qualquer travessa que coubesse a comida. Para muita gente era a única refeição do Natal, a chance de comer algo diferente, especial. Lembro até hoje da expressão alegre de uma menino, que se deliciava com a coxa do peru...Tive a impressão de que ele nunca havia comido algo tão gostoso.
Em outro ano, trabalhei dia 24, à noite. Eu e a fotógrafa acompanhamos um empresário distribuir presentes pelas ruas de São Paulo vestido de Papai Noel. O que mais me chamou a atenção foi perceber que isso é muito comum na véspera de Natal. As pessoas ficavam embaixo dos viadutos, pontes, nas esquinas esperando os papais noéis chegarem... Sabiam que eles iriam aparecer...E a maioria já estava rodeada de presentes! Que bom!
Depois de acompanhar o empresário, cada uma seguiu para a ceia com a família... mas à meia-noite nos encontramos de novo, para cobrir a tradicional missa do Galo, na Catedral da Sé. Natais diferentes, mas especiais. Eu gosto dessas experiências...
Em 2011, estou de plantão...no Natal!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Profissão: perigo!

O modelito na enchente de Atibaia
Quando era adolescente adorava assistir o seriado Profissão: perigo. O personagem Mac Giver vivia entrando e saindo de encrencas...
É... não acho que minha profissão seja muito diferente. Vira e mexe, vivemos aventuras. No helicóptero enfrentei chuva, neblina e já fui literalmente parar nas nuvens... Sim, chegamos laaaaaá em cima!
Cobri enchente, várias! Em uma delas, em Atibaia, vi a água chegar na cintura. Claro, estava com roupa de proteção fornecida pelo corpo de bombeiros.
Passei sufoco no velório de uma criança, que morreu num incêndio. A família, simples, estava brava com a imprensa porque determinado programa de tv, aqueles populares famosos da década de 90, não ajudou financeiramente.  Eu e a fotógrafa chegamos no local e fomos expulsas, a gritos. Sentia o ódio das pessoas e rezava para que a máquina não disparasse sem querer um clique. Se isso acontecesse, a gente apanhava, na certa.
No helicóptero
Certa vez fui cobrir um acidente no Jardim Robru para o Jornal Agora SP. Estava na delegacia para pegar informações quando os presos começaram a bater objetos na grade. Vem o carcereiro e me diz: os presos souberam que tem uma repórter aqui e querem te conhecer.... O colega Roberto Ortega, repórter do Notícias Populares, também estava lá e gentilmente me acompanhou até a cela... A "visita" durou um minuto. Dei oi para os presos, que agradeceram, e saí...
Outro dia, susto com o carro da empresa.  Estávamos na estrada quando o cheiro de gasolina tomou conta do veículo. O motorista viu o ponteiro do combustível cair de repente, indicando tanque vazio. Um carro que passava buzinou e nos avisou do vazamento. Por sorte, estávamos perto de um posto. Paramos e quando olho...jorrava gasolina por baixo do carro. Pe-ri-go! Uma faísca e a gente ia pelos ares. E estava muito quente naquele dia. Rapidamente, os frentistas e o motorista jogaram água para evitar qualquer explosão. O carro foi para o conserto, no guincho. Voltamos em outro veículo, sem cheiro, sem vazamento...
A minha sorte é que eu acredito em anjos. O meu tem trabalhado bastante...

domingo, 11 de dezembro de 2011

Homens ao volante, perigo constante...

Mulheres ao volante, perigo constante...Nada disso, são os homens os vilões do trânsito! A frase era a chamada de uma matéria que fiz sobre o fato do seguro de carros ser mais barato para as mulheres, já que os acidentes envolvendo o sexo feminino eram menos graves.
Eu estava na calçada gravando a chamada, ao lado de um farol. Então, muitos carros paravam e os motoristas ouviam o que estava falando e lá vinham as provocações... "Nada disso, é mentira...", gritavam!!
E, claro, me diverti muito entrevistando os motoristas na rua. Escolhi um cruzamento da avenida Ibirapuera... e perguntava: quem dirige melhor, homem ou mulher? Respostas diversas... mas teve um rapaz que respondeu: "homens, claro. Outro dia vi uma mulher dirigindo, tomando sorvete e falando no celular." Não resisti... "Vc não consegue fazer isso"...rsrssrs. Ele respondeu bravo e indignado: "Isso é proibido". A namorada no banco ao lado caiu na gargalhada com minha provocação...rsrsss...
Essa é a melhor parte do jornalismo....unir diversão e trabalho!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Não é pra qualquer um...

Vida de correspondente não é fácil... eu vi de perto!!! Acompanhei o trabalho do amigo e correspondente de tv em Nova Iorque Marcelo Medeiros.
É... todo mundo acha que a vida de jornalista é só glamour. Nada disso! Ele carrega o equipamento pra cima e para baixo, nas ruas, no ônibus, no metrô, na chuva, no sol... isso porque a neve ainda não chegou por lá. Produz, faz contatos, marca entrevistas, faz as entrevistas, as imagens, grava passagem... vai e volta até a câmera várias vezes para acertar o enquadramento...Chega em casa, baixa e manda as imagens para a redação em SP, escreve texto, grava e manda off. Ufa!!
E o que acha de andar dois quilômetros até encontrar a pauta? Caso dos perus de State Island. Da estação de trem até eles foi uma boa caminhada....e ainda foi preciso seguir os bichinhos por várias ruas para fazer as imagens. Isso porque as aves não ficam quietas, adoram passear pelo bairro, atravessam a rua toda hora, entram no mato, somem, aparecem, somem de novo, aparecem de novo!!!
Gostei muito de Highline, sugestão do próprio Marcelo. É uma linha de trem desativada que foi transformada em um parque elevado. O local é belíssimo.
Como além do talento, o repórter conta com a sorte... Marcelo flagrou um casamento ali. A cerimônia civil foi realizada num espaço onde as pessoas ficam sentadas observando os carros e os pedestres que passam embaixo. Um vidro enorme funciona como uma vitrine. Ah, o casal topou dar entrevista! É...não é para qualquer um...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Férias...

Vou ficar uns dias sem escrever no blog. Motivo nobre: minhas férias.
Apesar de gostar muito do jornalismo, eu adooro as férias. É preciso parar, descansar, ficar de pernas para o ar, desligar de tudo, e viajar....
Acho importante conhecer outras culturas, cidades, países. Ajuda muito na profissão. Fico xeretando no Atlas até decidir para onde vou.
Em 2003, eu e minha amiga Janaina nos aventuramos de carro pelas estradas mineiras. Visitamos Ouro Preto, Mariana, Tiradentes.... Ouvimos muito: duas mulheres viajando sozinhas de carro????? Sim!!!!!
Em 2005, fui para João Pessoa, dica de um amigo que me disse uma vez... a cidade é linda. Fiquei com isso na cabeça e quando as férias chegaram comprei a passagem para a Paraíba. Presenciei um pôr do sol inesquecível na praia do Jacaré. Na mesma época, conheci também Natal e tive o prazer de encontrar a baiana Aline, companheira de quarto no hostel e nas aventuras pelas dunas. Ela acompanha meu trabalho pela tv e nos falamos até hoje pela internet!!!
Em 2009 fui para a Manaus. Quando se viaja para o exterior, todos perguntam: vc conhece a floresta? Pois é, agora eu conheço. Passei o dia num hotel no meio da mata e dancei com os índios!
O destino das férias este ano foi decidido por um motivo especial: matar a saudade de um amigo que está em algum lugar do mundo...
Até a volta, daqui a um mês!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ai...ai...ai...

Ai..ai..ai... era isso que ouvia enquanto fazia a entrevista com um casal. A matéria era sobre os casamentos inusitados. Nesse caso a noiva chegou à cerimônia de helicóptero...
Gravamos numa sala comercial pequena, no trabalho do entrevistado. Decidimos gravar em pé, com um quadro bonito ao fundo. Mas o corredor era estreito, sem muito espaço, e tinha um balcão com café. Foi  nesse balcão que o cinegrafista Serginho se encostou todo empolgado. "Aqui está perfeito", disse. O entrevistado, gentil, ainda perguntou: "Tem certeza? Não quer mudar?". Nãoooo, tá ótimo, tenho os dois na imagem e o fundo está bonito", disse Serginho.
Só que a posição dele, meio sentado, meio encostado não balcão com metade da perna apoiada não era assim tão confortável para duas entrevistas, de no mínimo 5 minutos cada. Na segunda, quando conversava com a noiva... ele começou a gemer bem baixinho..rsrsrsrs... ai...ai...ai... e respirava forte. Eu olhei  meio de lado para tentar entender o que era aquilo!!! Quando encerrei a entrevista, ele solta um grito: aaaaaaaaaaaaaaaaaaai, que dor!!!! E colocou a mão na perna. Ele estava com câimbra e não aguentava mais ficar naquela posição...
Olha, foi impossível não rir, porque a cena foi engraçada. Claro, não era nada grave. Apenas um incômodo por causa da posição. Na saída, ele ainda me disse: se você fizesse mais uma pergunta eu te daria um croque na cabeça...kkkkkkkkkkkk
Falei...é Serginho...você não tem mais 20 anos....

sábado, 22 de outubro de 2011

Ela não tem braço nem pernas, mas é muito feliz!!!!

Fim de semana do Teleton é na frente da tv. A cada história que passa lá vou eu para o telefone fazer mais uma doação. Como jornalista, já fiz muitas reportagens na AACD. O trabalho é sério e todos os personagens têm histórias riquíssimas, que emocionam.
Me lembro especialmente de uma menina que faz parte do grupo de capoeira da AACD. Era uma matéria numa feira e o grupo estava lá para uma apresentação. Fiquei assistindo e me encantei com a menina sorridente. Avisei o cinegrafista: ela será minha entrevistada!
Natalia nasceu sem pernas e braço. Era triste? Não... Jogava capoeira, assim como as outras crianças, sem se importar com as limitações do corpo. E sempre exibia um sorriso lindo!!! Ela me disse que não havia limites para ser feliz, a deficiência não era motivo para reclamar da vida. Os meus olhos encheram de lágrima e tive de segurar forte para não desabar ali na frente dela. Era pequena, tinha apenas oito anos de idade, mas muito otimista em relação à vida.
Essa entrevista foi lá por 2002... Hoje ela está uma moça, 18 anos, e continua feliz e com aquele sorriso _ que não esqueço até hoje  _ no rosto.
Na minha opinião, as histórias da AACD são uma lição de vida e dão um recado: a gente precisa deixar o ego de lado e parar de reclamar da vida. Eu vou ser feliz com o que sou e o que tenho!!!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Plantão...

A semana pós-plantão é dura, quase que intermivável. A sexta-feira parece distante distante... Na rede Mulher, eu fiquei cinco anos longe do trabalho no fim de semana. Era tão bom...
Mas já tive boas experiências também, trabalhar de fim de semana faz parte do jornalismo.
No Agora São Paulo, teve um domingo que minha pauta era cobrir o show do Zezé Di Camargo e Luciano (minha dupla preferida) no Parque do Ibirapuera...hahaha, que pauta difícil... Lá fui eu, ver o show da ala vip...uhuuu.
Neste último domingo fui cobrir uma feira de curiosidade. Grafiteiros, muralistas, quadrinhistas criando na frente do público. Numa entrevista, um quadrinhista disse que a inspiração tinha vindo de uma moça que visitava a feira e, detalhe, estava com um bicho de pelúcia na cabeça. Sim, na cabeça!!
Enquanto entrevistava a "inspiradora" ouvi o quadrinhista falar para o colega: "quero só ver como vou explicar isso pra patroa", hahahaha. Lá fui eu pegá-lo de surpresa... E aí, como você vai explicar isso lá em casa? Ele respondeu, mas meio sem graça. Voltei pra tv e dei muita risada contando a história para os colegas. Tá vendo? O plantão tem seu lado divertido... É aquela história, não tem como evitar, então, divirta-se!

http://www.redetv.com.br/Video.aspx?32,13,225723,jornalismo,leitura-dinamica-2a-ed,pixel-show-destaca-arte-de-grafiteiros-e-muralistas

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Loiane, foi um prazer te conhecer!

Eu adoro matérias com personagens. Acho que enriquece qualquer vt. Conhecer a história do outro me encanta. Foi assim com Loiane, uma jovem estudante de medicina. De família simples do interior de São Paulo, ela fez muitos anos de cursinho, mas não conseguiu entrar numa faculdade pública. A saída foi o financiamento estudantil do governo. Pra realizar o sonho, ela contou com ajuda de um dentista, que a conhece desde pequena e aceitou ser o fiador do empréstimo. Corajoso e iluminado! Afinal, são poucas pessoas que têm coragem de enfrentar um desafio desse: assumir a dívida do outro.
A tranquilidade dela me surpreendeu. Ela passa uma paz ao conversar com a gente...foi gentil com a equipe, e tem certeza absoluta de que vai ter condições de pagar o empréstimo depois de formada. E o que é melhor. Não senti que ela faz medicina para enriquecer. O objetivo dela é ajudar ao próximo. Fazer o bem sem olhar a quem. Tenho certeza absoluta que ela vai conseguir! Loiane, foi um prazer te conhecer!
http://www.youtube.com/user/reafonso2010?feature=mhum

Depois de ler o blog, Loiane me escreveu no facebook.
Loiane Zagui
NOSSA FELIZ ESTOU EU MESMO!!! estava comentando com minha mãe o quanto esté dificil ficar aqui, lutar contra a saudades e contra as dificuldade.. de repente chega um email da Grace.. nossa vcs alegraram meu dia.. juro!!! lindas as palavras..... muito bom saber que há porfissionais diferenciados!! vo imprimir o que vc escreveu e quero ter em um pasta de recordações do meu trajeto universitário, pois para nos entristecer e nos amendrotar existem milhares, mas para confortar-nos e nos oferecer palavras de admiração e afeto.. raríssimos!!! obrigada mais uma vez.. mesmo..mesmo!!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Ele é uma brasa, mora?

Educado, simpático, gentil, carismático. Sim, Roberto Carlos tem todos esses adjetivos.
Em 1999 estive com o cantor  por duas vezes. 
Em outubro, encontrei Roberto Carlos em Aparecida. Ele participou de uma missa na basílica. Foi um momento triste, porque ele tinha acabado de descobrir que a esposa Maria Rita estava novamente com câncer .
A assessoria já tinha avisado que ele não daria entrevista, apenas cantaria na celebração. Havia uma dúvida se ele participaria ou não de uma procissão. Sem nada confirmado, os colegas repórteres desistiram de esperar e foram beber uma cerveja... (ele já tinha cantado na missa)
Eu não desisti, fiquei sentadinha num canto da basílica perto de uma porta. Vai que algo acontece... pois é...aconteceu.... A procissão se aproximava quando ouvi um barulho na porta. De dentro sai Roberto Carlos, que vai ao encontro da procissão.. eu junto!!! Cheguei perto, acompanhei alguns passos, tomei coragem e perguntei... Roberto, você não quer falar nada mesmo? Ele, educado, disse: "querida, tenho fé que ela vai ficar curada". Agradeci e deixei ele caminhar sozinho...
Os colegas voltaram correndo e, preocupados, chegaram perguntando: ele deu entrevista? Falou alguma coisa? Eu respondi, não, não falou nada... No dia seguinte, tiveram de explicar ao chefe porque só o Agora São Paulo tinha a frase do rei....
O outro encontro foi na missa de finados organizada pelo padre Marcelo Rossi. Entre os cantores convidados estava o rei. Depois da missa, ele gentilmente conversou com os jornalistas, eu, inclusive! Foi uma conversa rápida, informal, mas deliciosa. Afinal, não é todo dia que se encontra Roberto Carlos...o ídolo da Jovem Guarda, o cantor mais famoso do Brasil!!! Eu tava bem na frente, ele chegou, olhou pra mim e disse: tudo bem com você? tuuuuudo....Depois da rápida entrevista, eu ainda tive tempo de contar: minha tia Lidia foi babá da sua filha mais velha. Ele, sorrindo, respondeu: manda um beijão pra ela... Acho que minha tia não dorme até hoje depois desse recado...Ele é uma brasa, mora?

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Expulsa da casa do entrevistado!

Hilário o que aconteceu terça-feira. Eu, cinegrafista e auxiliar fomos expulsos da casa do entrevistado...
Chegamos na casa do idoso por volta das oito da manhã. Seria uma entrevista sobre aposentados que sustentam a família, inclusive os filhos adultos. Na portão, seu Braz, nosso personagem, nos convidou pra entrar. Só não contava com a recepção da esposa, que não tinha sido consultada por ele sobre a tal reportagem.... "Quem são eles?", perguntou brava na janelinha da porta. "São da reportagem, vão gravar com a gente sobre aposentadoria." "Nao vão não", retrucou rapidamente. E ainda disse: "Na minha casa ninguém vai entrar, não sei porquê você inventa essas coisas... ", gritou para o marido, meio tonto com o que estava acontecendo.
Depois, ela vira pra gente e diz... "desculpa, não é com vocês, mas eu não quero reportagem nenhuma na minha casa." Detalhe: em nenhum momento ela abriu a porta, todo o diálogo aconteceu da janelinha...rs
Seu Braz, desnorteado, virou pra mim e perguntou: "Pode uma coisa dessa?". Eu, que não sou boba, não quis saber de confusão. Só levantei a sobrancelha, meio que falando, não posso fazer nada...
Enfim, encerrei a "ocorrência" dizendo que não teria problema, afinal a casa era dela. E nos despedimos de seu Braz, deixando ele lá com a esposa furiosa... o que aconteceu depois, não tenho a mínima idéia...rs.

domingo, 25 de setembro de 2011

É primavera...

Todos os anos é sempre a mesma coisa... temos as matérias obrigatórias. Trânsito na volta das férias do início do ano, enchente, preparativos para o carnaval, compra dos ovos de páscoa, chegada do frio e a primavera!
Chegou a vez de falar das flores... e foi o que fiz. A idéia era mostrar que as flores têm várias funções: nomes de ruas, de pessoas, enfeitam os ambientes...
Mais uma vez fui até Holambra, no interior de São Paulo, gravar sobre a Expoflora, uma festa linda que dá boas vindas `a primavera. O vt ficou caprichado, com belas imagens.
O  jornalismo é sim repetitivo, não há como fugir das matérias obrigatórias (mesmo pq elas acontecem todos os anos e são notícia) , mas é sempre possível encontrar um foco diferente, um personagem simpático. Tive o prazer de conhecer a Margarida, uma mulher doce, sonhadora e apaixonada por flores. Ela tem tudo florido. Coloquei parte na matéria, mas ela tem muito mais coisas. Na cozinha da casa dela, enquanto gravavamos comecei a reparar... olhei no escorredor de louças... os pratos tinham flores, os enfeites... e até a toalha da mesa. Não era feio, pelo contrário, dava um toque delicado à casa. Ta vendo? Sempre tem algo pra surpreender a gente, basta saber e querer enxergar...

http://www.youtube.com/user/reafonso2010?feature=mhum

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Nem puta, nem santa: livre!

Esta semana perdi minha prima Adriana, que morreu aos 40 anos, por complicações de uma ciurgia de redução de estômago. Fiquei pensando... mesmo depois de tantas lutas, as mulheres não vivem em paz. A sociedade - homens e mulheres - diz que a mulher tem de ser magra, não pode ter celulite, se tem cabelos brancos entre os pretos é relaxada, se não casa é solteirona e se está na fase dos 30 anos e não tem filhos fica ouvindo...ah, cuidado, não deixa muito pra frente... E se deixar?? E se ela não quer casar? E se a mulher não quiser mesmo ter filhos? Isso não significa que ela não vai ser feliz, pelo contrário. Ela pode simplesmente querer formar uma família apenas com o marido. E se um dia, a idade biológica não permitir mais ter filhos, pode adotar. É amor do mesmo jeito. Falo isso baseada em reportagens que já fiz sobre o assunto. .
Virei feminista na rede Mulher, emissora em que trabalhei por cinco anos. Nas matérias descobri que as mulheres ainda ganham muito menos que os homens (nas multinacionais sente-se menos a diferença), que muitas empresas ainda não respeitam o período de gravidez ou de licença maternidade, que a violência doméstica é muito maior do que as estatísticas mostram. Enfim, aprendi que as lutas feministas são pela igualdade de gênero. Ninguém quer ser melhor do que os homens ou criar uma guerra civil. Queremos ter os mesmos direitos e mesmo valor na sociedade. Não queremos medir força física, isso os homens têm de sobra. Eles podem continuar sendo gentis e trocar o pneu do carro para uma mulher. Afinal, é preciso força para virar aquela chave horrenda. Mas isso não significa que o salário deles tenha de ser maior que o nosso, que as mulheres não mereçam o mesmo respeito na sociedade. Outro dia li uma frase não sei onde, mas que adorei. Não é preciso rotular a mulher. Nem puta, nem santa: apenas livre!

E tem um movimento feminista que usa esse lema:
"o feminismo convoca as mulheres para serem protagonistas de suas próprias vidas, titulares de seus direitos, capazes de enfrentar os desafios colocados a cada momento com rebeldia, autonomia e ousadia"

domingo, 11 de setembro de 2011

Uma fã privilegiada!

A primeira vez que entrevistei Zezé Di Camargo e Luciano foi em 1996 no lançamento do cd daquele ano. Passei horas papeando com os dois e não acreditando no que estava acontecendo. Trabalhava no Diário do Grande ABC. Depois, já no Agora São Paulo, foram vários outros momentos em que - graças a minha profissão - consegui chegar perto deles. Eu era repórter da editoria de cidades - fazia enchente, greves, trânsito - mas sempre pedia para cobrir os shows da dupla. Trabalhava o dia todo fazendo minhas reportagens e à noite lá ia eu, radiante, para o Olympia. Depois, camarim e entrevista!!!! Eu chegava em casa lá pelas 2h da madrugada e no dia seguinte, entrava 10h (e só sairia lá pelas 21h...). Mas nem me importava com as poucas horas dormidas, tamanha era a minha felicidade de ter ficado pertinho dos ídolos, em especial, o poeta Zezé Di Camargo. E não tinha moleza...além de escrever a matéria para editoria de variedades, eu seguia com minhas reportagens em cidades, e não eram poucas. Não estava nem aí...rs.
Teve um show em que questionei o Zezé sobre as músicas que ele tinha escolhido para o dvd/show, que seria gravado meses depois. Senti falta da música "Vivendo Por Viver", canção de Roberto Carlos. Essa música sempre esteve nos shows da dupla. Eu adoro!
Sem hesitar, virei e falei: "vc tem de colocar essa música, é linda, você adora... ". Ele questionou: vc acha mesmo? "Acho Zezé, ela não pode ficar de fora". Meses depois, gravação do DVD... e a música estava no espetáculo...
Não lembro se ele completava 26 ou 27 anos, mas teve um ano que o Luciano fez uma festa de aniversário e convidou também os jornalistas que costumavam cobrir os shows. Pois é, eu estava na lista! uhuuuu. Como tenho a mesma idade que o Luciano, lembro de curtir a festa do mesmo jeito que ele. Dançamos, comemos, demos risadas. Que privilégio!!
As fotos que tenho com os dois foram tiradas em shows que fui como convidada, não como jornalista. Já faz algum tempo que não entrevisto a dupla, mas continuo tendo o prazer de acompanhar de perto. Esta semana, eles gravam mais um DVD em comemoração aos 20 anos de sucesso. Mais uma vez estarei lá! E mais uma vez vou curtir como se fosse a primeira vez....





segunda-feira, 5 de setembro de 2011

"Não fica aqui, é perigoso..."

A frase acima eu disse para uma turista japonesa, que tentava visitar a Catedral da Sé. A igreja havia acabado de ser interditada pela prefeitura porque precisava de uma reforma.
Eu fui a primeira jornalista a chegar ao local. Enquanto esperava as autoridades que dariam entrevista, reparei que muita gente estava tirando foto na porta... Curiosa, me aproximei e perguntei se eram turistas. Sim... e alguns estavam ali pela primeira vez e sonhavam em conhecer a famosa igreja de São Paulo. Ooooba! Foi nessa hora que apareceu a turista japonesa, atrapalhada com o inglês e questionando porque não poderia entrar. Expliquei e aproveitei para fazer a entrevista para minha reportagem. Afinal, era uma turista estrangeira que iria embora frustrada por não conhecer o cartão-postal paulistano.
Os jornalistas dos outros veículos começavam a chegar e eu não queria dividir minha turista japonesa com ninguém... Assim que ela terminou as fotos da igreja, falei: "não fica aqui, é perigoso, acho melhor ir embora". Foi a saída que arrumei para tirá-la da praça. Fui conversando com a jovem até a entrada do metrô, esperei descer as escadas, e tive a certeza de que ela não voltaria mais...eeeeeeee
Eu, menina de tudo, voltei feliz e saltitante pela entrevista exclusiva!!! Só um fotógrafo percebeu o que eu tinha feito e demonstrou isso com um sorriso. Mas ele foi bacana, entendeu que aquilo era uma sacada minha e respeitou.
No dia seguinte, todos os jornais deram a interdição da Catedral, mas só o Agora São Paulo tinha os turistas barrados na porta!! Viva!! Festa e parabéns na redação!!


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Rindo com a vó Cotinha

A idéia da matéria surgiu depois que a produtora Simone me mostrou o site da Cidade do Livro, um espaço de incentivo à leitura em São Paulo. Amei o lugar. Como havia contadores de história, sugeri uma matéria sobre o assunto, mostrando que muita gente ganha dinheiro com isso, mas que também existem os contadores voluntários. A Simone encontrou uma ong que forma contadores de história para atuar em hospitais.
Eu fiquei encantada com a Cidade do Livro. Antes de entrar, as crianças são recebidas por uma personagem que faz com que os visitantes já entrem no mundo da imaginação. Quando a porta é aberta - uma capa de livro enorme - eles já estão em outro universo.
E tive o prazer de ver a apresentação da Paula, atriz que faz isso há alguns anos. Adorei. Eu me diverti. Dei muita risada com a vó Cotinha!!! Quando terminou a história, não tive coragem de quebrar o encanto das crianças. Esperei que todas saíssem para gravar entrevista. Ainda bem.. na saída vi várias dando tchau para vó Cotinha, acreditando mesmo que ali estava uma idosa... Bem, não foram só as crianças que ficaram enfeitiçadas.
O Marcos, cinegrafista, estava tão envolvido que na hora de gravar a entrevista vira para a Paula e diz...."a senhora pode vir um pouco mais pra cá". Senhora???????? Não resisti e disse: "ela não é a vó Cotinha não..." A Paula, ótima atriz, entrou na brincadeira e respondeu ao cinegrafista como vó Cotinha... "Claaaaro, meu filho...". Risada geral...
http://www.youtube.com/user/reafonso2010?feature=mhum

domingo, 21 de agosto de 2011

Matéria barulhenta!

Esta matéria foi feita em parceria com meu amigo e repórter da Rede TV! Marcelo Medeiros. Ele na África cobrindo a Copa do Mundo pela emissora e eu, em São Paulo. A idéia do vt era mostrar que as vuvuzelas faziam sucesso lá e aqui no Brasil. Eu fui para a Armarinhos Fernando, loja na rua 25 de Março, conhecida pelo comércio popular. Junto estava uma otorrino que iria me ajudar na missão. Ainda bem que o gerente de lá é sempre muito gentil com as tvs... expliquei o que iria fazer e ele aceitou sem problemas. E fiz... uma barulheira danada. A loja vive cheia, imagina a cena... Pedi para os funcionáros e clientes ajudarem na bagunça, assim a otorrino poderia medir a intensidade do barulho e me dizer os riscos para a saúde do ouvido. Por questão de tempo, lógico, não foi ao ar nem a metade do que gravamos. Como dei risada nesse dia. Imagine uma loja inteira _ e lá o espaço é enorme _ sendo bombardeada pelas vuvuzelas...Adoro matéria assim, em que me divirto! Na tv, combinei o texto com o Marcelo pelo msn e o resultado está aí! Muito barulho dos dois lados...http://www.youtube.com/user/reafonso2010?feature=mhum

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Observar e deixar as coisas acontecerem...

Esta é uma das minhas matérias preferidas. Foi feita no Hospital AC Camargo, em São Paulo. O foco era mostrar que existe uma lei que determina que crianças internadas tenham aulas durante o tratamento. Neste caso eram crianças com câncer. Chegamos cedo, os pacientes ainda dormiam. Com o tempo, eles foram acordando e caminhando para a escola, uma sala reservada no hospital para os estudos. Faz parte da rotina levantar e ir estudar. E foi assim que deixei acontecer o vt... esperando as cenas, esperando o tempo dos pacientes, sem pressa. Que delícia fazer esta matéria!! Um vt simples, com entrevistas boas e que foi bem editado. Foi um prazer conhecer aquelas pessoas, ouvir as histórias. Eu percebi que o sonho delas, principalmente dos pais, é um só...a cura.
http://www.youtube.com/user/reafonso2010?feature=mhum#p/a/u/0/T0o-RxAy_gI

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Túmulo na porta de casa...

Eu fui até o cemitério de Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de São Paulo, para ver a situação das covas. Era para complementar a reportagem de uma outra jornalista. Chegando lá, não vi nada de errado. Mas comecei a perceber o vai e vem de pedestres no meio dos túmulos. Fui até as pessoas para descobrir o que faziam ali. A resposta: muitas moravam ao lado do cemitério e passar pelos jazigos era o caminho mais rápido até o centro do bairro, onde ficavam lojas, supermercados e padarias. Para isso, elas derrubaram o muro e circulavam tranquilamente, inclusive durante a noite! Elas preferiam isso a ter de dar uma volta enorme. E até flagramos um rapaz empinando pipa entre um jazigo e outro...
Muitas casas, inclusive, tinham covas com cruz bem na porta, como prova a foto feita pelo Almeida Rocha, meu companheiro nessas aventuras jornalísticas.
É uma das minhas matérias preferidas da época do Agora São Paulo. Fui eu quem descobriu a história e convenceu a direção do cemitério a mostrar o  problema. O muro já tinha sido construído várias vezes, mas sempre era destruído...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Fim de uma história, começo de outra! E eu faço parte delas!

Eu entrei na Folha da Tarde, um jornal de décadas, em maio de 1998. Era recém formada. Tempos depois, a direção da empresa decidiu que era hora de renovar. Durante meses acompanhamos o nascimento do novo veículo. Um profissional foi contratado para cuidar do design (paginação, letras, cores, formato). Os leitores escolheram o nome.
Meses antes do jornal ser lançado, a redação trabalhou muitos fins de semana para fazer os pilotos. Parte da equipe fechava a Folha da Tarde e o restante ficava no projeto. Foi uma experiência única e prazerosa. Na segunda-feira - dia 22 de março de 1999 - a primeira edição do novo jornal chegava `as bancas. Terminava ali a trajetória da Folha da Tarde e começava a do Agora São Paulo...
Nesse dia fui escalada para ver a repercussão nas bancas no largo Treze de Maio, na região de Santo Amaro. Que delícia ver as pessoas comprando o jornal por R$ 0,50... isso mesmo o Agora era baratinho e ainda dava prêmios! Na minha cabeça, eu pensava... oba, o jornal vai ser um sucesso!!!
Na época eu ia trabalhar de ônibus e o cobrador (pegava sempre no mesmo horário ) era leitor do Agora São Paulo. De vez em quando eu dava uma espiada para ver que matéria ele estava lendo e muitas vezes, era a minha!!! Todos que participaram do projeto, de certa forma, deram a cara para o jornal. Eu escrevi a primeira coluna de saúde, Viva Bem, que existe até hoje. Foi uma matéria sobre gripe...
Já se passou mais de uma década e fico feliz em ver que o jornal continua escrevendo a sua história e que eu estive no começo de tudo. Sempre que encontro um repórter do Agora na rua não resisto e digo: "eu trabalhei lá, ajudei a criar o jornal".

a primeira e a última FT

o primeiro Agora São Paulo

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Eu tenho uma fã mirim!!!

Este post é especial... vai pra minha fã mirim, Mariane, de 8 anos. Ela é filha da Roseli, personagem que entrevistei para uma matéria sobre tratamento dentário.  Depois da entrevista, a Roseli pediu que eu mandasse o link da reportagem por email, e desde então virou minha telespectadora assídua!
Na última reportagem que enviei, sobre uma fábrica de chapéu, ela me mandou o email abaixo:
"A minha filha de 08 anos, se inspirou em vc, agora ela fica fazendo resumo de reportagem, pesquisou o que uma jornalista faz, achei o máximo. Ela é seguidora do seu blog."Adooorei saber que a menina está curtindo o blog e quem sabe se apaixonando pelo jornalismo. Na idade dela eu já falava para quem quisesse ouvir que eu seria repórter. O Zé, padrinho da minha prima Maria, até hoje me conta. "Quando você era pequena e eu te perguntava o que ia fazer quando crescer, sempre respondia: vou ser repórter." E a minha tia Elizabeth vive dizendo: "essa faz o que gosta". E é verdade. Eu sou apaixonada pela profissão!!! Eu procurei e encontrei um jornalzinho que fiz sozinha. Infelizmente, não há data. Mas pela música da Xuxa - Doce Mel - acredito que tenha sido lá por 1986, quando eu tinha 12 para 13 anos de idade.  Eu lembro de ficar datilografando na máquina de escrever as histórias, a receita e as charadas. Os desenhos foram feitos por mim!
Ainda bem que eu guardei o original...uma bela lembrança...



sexta-feira, 22 de julho de 2011

Querem me ver de chapéu?

Exemplo de matéria simples, mas com ótimo resultado quando todos estão empenhados. O vt era pra falar sobre uma fábrica centenária de chapéu. Chegando lá, o Olympio se encantou com o lugar e descobriu que dali sairiam ótimas imagens. Ele, ótimo profissional, soube bem aproveitar a luz natural.
Eu ainda não tinha achado um início para a matéria, até que fui apresentada ao Seu Sérgio, um senhor de 87 anos, que há 70 está na fábrica. Ao me cumprimentar, tirou o chapéu.... O gesto gentil e antigo funcionou como um gatilho na minha cabeça...Pronto, já sabia como começar a reportagem.
Avisei o cinegrafista, que comprou a idéia. Daí em diante, foi só pegar as informações e caprichar nas imagens. O Olympio elaborou a passagem em cima do meu texto e os funcionários foram bacanas e ajudaram na gravação. Seguindo o conselho da Dayana, chefe de reportagem, coloquei o chapéu. "Re, faz passagem de chapéu", me disse assim que saí da tv... Na fábrica, parecia que ela estava ao meu lado falando isso na minha orelha...rs. Resolvi seguir a dica e arrumei um chapéu feminino. E acho que realmente deu todo o charme e ficou muito mais legal. A edição caprichou. Mais uma prova de que parceria em tv faz a diferença...Querem me ver de chapéu?
 
http://www.youtube.com/user/reafonso2010?feature=mhsn

terça-feira, 12 de julho de 2011

Pequenos autores, grandes escritores!

O jornalismo me proporciona momentos bem bacanas. Tive o prazer de conhecer a professora Vasti há alguns anos durante uma reportagem para a Rede Mulher. Era uma matéria que falava sobre os destaques femininos na educação. Além da Vasti, entrevistei uma reitora de faculdade.
O foco era o projeto da professora, que incentivava a leitura e transformava alunos de escolas públicas em autores. Mas conversando com a Vasti - é...eu adoro falar, ainda bem! - descobri que toda a vida dela era interessante. Menina com infância pobre, apaixonada por leitura e que se virava para conseguir um livro. E como professora, tinha um ideal maravilhoso!
Infelizmente, por causa do tempo não consegui dar o destaque que queria a trajetória dela. Fiquei com isso na cabeça por anos....até que um dia, já na atual emissora, pediram uma matéria sobre o dia dos professores. Ah, não tive dúvida: Vasti! Como não tinha o telefone, passei o nome da escola onde lecionava e a produção conseguiu o contato.
Fui até lá gravar o vt. Escrevi sobre a infância e o projeto em que os alunos escreviam as próprias histórias. Uma idéia simples, sem custo alto, e com ótimo resultado. Ainda tive o prazer de entrevistar uma jovem que sonha em ser professora. A inspiração vem da Vasti, que conseguiu mudar o destino de muitos alunos com um trabalho belíssimo e de nome inspirador: Pequenos autores, grandes escritores! Quem quiser conhecer a Vasti, é só dar uma olhada na matéria que fiz com ela.

http://www.youtube.com/user/reafonso2010?feature=mhum#p/a/u/5/SQ2Fdm4L99o
 

sábado, 9 de julho de 2011

Passagem lá em cima no teleférico!

Esta matéria mostra como tudo sai melhor quando a parceria com a equipe funciona bem. Viajei com Nilo, auxiliar, e Gaúcho, câmera, para Campos do Jordão. A reportagem deveria falar sobre a temporada do frio, as opções de lazer na cidade, as guloseimas. Passamos um dia muito gostoso, ensolarado, mas gelado...
Na hora da passagem - quando o repórter aparece - o Nilo sugeriu: por que vc não faz no teleférico? Pensei... pensei... e achei que ficaria legal. O teleférico não estava funcionando. Pedi aos técnicos que estavam no local e eles deixaram a gente subir. Adaptei o texto, colocando que o turista iria subir a montanha para enfrentar o frio. Subimos os três. Lá em cima, achamos que seria necessário mais uma viagem... descemos. E na segunda vez, o Nilo, com medo, decidiu ficar em terra firma... Eu e Gaúcho subimos e gravamos. Deu certo e o resultado ficou muito legal.
Quando terminamos o vt, paguei um chocolate quente pra equipe, mais que merecido!!

http://www.youtube.com/user/reafonso2010?feature=mhum

sexta-feira, 1 de julho de 2011

É uma mulher mesmo que está dirigindo o caminhão???

A pedido dele, não vou revelar o nome do cinegrafista... Mas avisei que iria contar a história no blog. Estávamos na marginal Pinheiros voltando pra tv, quando o cinegrafista percebeu que uma mulher dirigia um caminhão. Não era muito grande, mas era um caminhão!!
A cena foi muito engraçada... Ele estava no banco de trás e ficou todo agitado."Cabral (o auxiliar), é uma mulher no caminhão, não acredito." Era loira, de cabelo comprido.
Ele até pedia para diminuir a velocidade para ter certeza... "Será que é mulher mesmo???", gritava.
Quando chegamos perto, abri o vidro e gritei... "Eles não estão acreditando que é uma mulher quem está dirigindo..."
Ela, simpática, fez sinal de positivo. O cinegrafista elogiou, disse que ela dirigia bem... Nos despedimos e seguimos viagem...
Lembrei de outra matéria que fiz na rede Mulher sobre seguros. As mulheres são as mais cuidadosas no volante, segundo as seguradoras.  Meu teaser (a chamadinha da matéria) era "Mulher ao voltante perigo constante? Nada disso... são os homens os vilões do trânsito". O que isso gerou de protesto... Gravava num farol da avenida Ibirapuera. Quando parava o trânsito começava a gravar. Os motoristas que ouviam protestavam.. foi muito divertido. Diziam que era mentira..kkkkk. No povo-fala me diverti mais ainda. Perguntei a um rapaz: quem dirige melhor o homem ou a mulher. Ele respondeu: o homem. Por que? Porque eu já vi uma mulher dirigindo, tomando sorvete e ainda falando no celular... Na lata retruquei... Você não consegue fazer tudo isso de uma vez??? kkkkk... ele ficou bravo e disse que isso era proibido e a namorada que estava no banco ao lado deu risada, entendendo minha provocação...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Realizei meu sonho, me tornei repórter de tv!

Eu fiquei seis meses na TV Vanguarda, em São José dos Campos. Aprendi outra linguagem, a mexer no tp (para os apresentadores lerem as notícias), a fazer pauta e, principalmente, descobri que em tv o ego é maior que tudo... Esse foi o maior choque que levei do impresso para tv. Com o tempo, aprendi a lidar com isso. Em dezembro, o contrato acabou e não havia vaga. Lá fui eu novamente para a estrada, voltando pra SP. Passaram as festas e em janeiro recomecei a busca. Soube de uma vaga na produção da tv Diário, afiliada da Globo em Mogi das Cruzes. Fiz a entrevista e me chamaram. De novo, enfiei tudo no Twingo atrás de um sonho. Dormi numa pensão de estudantes durante três meses até alugar um apartamento. Como não tinha computador, usava os da biblioteca de uma faculdade pertinho de casa... dizia para o segurança que era estudante...rs.
Já mais acostumada com televisão, sofri menos desta vez com as diferenças. Fui produtora, depois editora, ajudei a fechar o sptv local do almoço e da noite. E nos plantões, chefiava a redação!!!! Que responsabilidade.
Mas o que queria mesmo era ser repórter, por isso me mudei para o interior. Teve até uma vez que ainda era produtora e havia um link no jornal, mas sem repórter. Falei pra chefia: deixa eu fazer?? tenho roupa aqui e faço  maquiagem... Chefia deixou e lá fui eu para o meu primeiro ao vivo!!! Tudo correu bem...
Certo dia, conversei na tv, e Edith Gonçalves, gerente, e Dino Rodrigues, chefe de redação, resolveram me dar uma chance. Durante um mês trabalhei dobrado. Entrava às 6h, fechava o sp1 e à tarde seguia para a externa para fechar alguma reportagem. Até que um dia, cheguei para o Dino e perguntei como ficaria minha situação. Não me esqueço. Na reunião ele virou para produtora e disse: Meg, amanhã a Renata está na reportagem!! Quando acordei, na manhã seguinte, me disse: finalmente realizei meu sonho, sou repórter de tv!!!!! Estava numa alegria...não tem como esquecer a sensação de um sonho de vida ser realizado... sim, porque desde criança eu dizia que seria repórter de tv.
Enfim, foi muito batalhado. Sem encurtar caminhos e nem atropelos. Meses depois apareceu uma vaga na rede Mulher e voltei para SP. Fiquei lá por cinco deliciosos anos. Gostava muito. Fui lá que aprendi a fazer matérias que até então nunca tinha imaginado. Moda, por exemplo, jamais tinha feito um desfile. Lembro até hoje do primeiro, num shopping... Não tinha a mínima idéia do que escrever.. Pedi ajuda a uma jornalista e consultora Danielle Ferraz. Atenciosa, me socorreu, ensinando o caminho das pedras. Mas a programação da rede Mulher acabou em 2007. E desde então, estou na rede TV!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Minha matéria tá pendurada na cantina italiana

Hoje lembrei de uma matéria dos tempos do Agora São Paulo. Era 1999. Havia acabado de estrear a novela Terra Nostra, na Globo, que contava a saga dos imigrantes italianos que vieram para o Brasil. Certa manhã, a secretaria de redação me chama e determina: queremos um italiano com uma história parecida com os personagens da novela. Lá fui eu para o Bixiga, bairro conhecido pelas cantinas italianas. Comecei a bater de porta em porta. Era o único jeito de achar alguém...
Numa das cantinas, veio a dica. Tenta lá na cantina Capuano, acho que eles podem ajudar. Conheci dona Angela, 76 anos. No navio, o pai morreu e o corpo foi jogado ao mar, assim como aconteceu com a protagonista da novela. Já tinha minha história. Mas o melhor estava por vir. Ela me contou que o marido, seu Angelo, 79 anos, iria participar da novela como músico. E eis o porquê... ele costumava tocar clarinete e o sogro de Benedito Ruy Barbosa, o autor da novela, era vizinho do casal. Na entrevista, Benedito me disse que ficava emocionado quando ouvia seu Angelo tocar.
O difícil foi convencer o italiano a ir até a cantina tirar uma foto. Fanático por futebol, ele não perdia um jogo italiano. E justo naquele dia, iria jogar o time do coração, o Roma. Liguei, insisti, implorei, pedi... e nada! Até o secretário de redação ligou... "Não quero perder meu jogo", dizia seu Angelo. Até que em mais uma tentativa, ele cedeu aos meus apelos. E avisou: oito horas em ponto lá, se vocês atrasarem vou embora! Eu e o fotógrafo chegamos uma hora antes...
Ainda não havia acabado minha saga. A missão agora era confirmar com o Benedito toda a história. E ele já tinha avisado, só me atenderia no final da novela, depois das nove e pouco da noite. Mal acabou e fui para o telefone. Quando desliguei, comecei a pular e gritar na redação... A chefia logo entendeu e começou a comemorar também. EEEEEbaaaa, ganhei uma página inteira no jornal e chamada de capa. Furo!!!!
Pela entrevista, a matéria cresceu ainda mais, já que seu Angelo também fazia parte da vida do autor, não era um personagem qualquer. E o personagem criado por ele era uma homenagem ao italiano.
No dia seguinte, telefone toca. "Renata, é seu Angelo... porque você não me disse que a matéria seria tão grande? saí até na capa... se você tivesse me dito, eu teria ido até a cantina mais cedo e feito mais fotos..." hahahaha. "Eu tentei seu Angelo, mas o senhor me dizia que não queria perder o jogo..." Enfim, o italiano me disse que adorou a matéria. Que bom!


Meses depois, Almeida Rocha, um fotógrafo amigo,  me avisa... "Fui jantar na cantina Capuano e sua matéria está pendurada na parede." E tantos anos depois, continua lá. Sempre que vou jantar no restaurante, faço questão de sentar na mesa ao lado da minha reportagem, protegida por um vidro. E aviso aos garçons: eu sou a Renata Afonso, eu que escrevi!!!!!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Eu, as lagartixas e as teias de aranha....na mesma edícula!

Recomeçar não foi fácil. Saí de jornal, veículo que já dominava, para tv. A referência que tinha eram os telejornais feitos na época de faculdade. Mas lá ia eu atrás do sonho de infância. É isso mesmo, quando criança eu já dizia para quem quisesse ouvir que eu seria repórter de tv.
O primeiro passo era arrumar lugar pra morar em São José dos Campos. E lá vai o destino.... Ainda no jornal liguei para Nathalia Molina pra contar a novidade. Ela trabalhava no Estadão e tinha sido minha colega no Agora SP. Na lata, me disse: Re, tem uma colega aqui no jornal que os pais moram em SJC, vou ver se ela pode te ajudar... Me liga de novo e diz... Re, os pais dela têm uma edícula no fundo da casa e podem alugar pra vc. Uhuuuu. Casa baratinha...
Numa manhã de um domingo de junho enchi meu Twingo com roupas e minha tv de 14 polegadas e lá fui eu pela estrada. Cheguei na cidade e seguindo as indicações do pai da jornalista consegui achar a casa. Lá moravam o pai, a mãe e duas irmãs adolescentes, mais os cachorros. Fui muito bem tratada nos seis meses que vivi ali. Eles até faziam questão de abrir o portão quando chegava do trabalho.
O único problema da edícula eram as enormes teias de aranha e as lagartixas que encontrei por lá... Nas primeiras noites dormi com estas companhias, mas depois fiz uma bela faxina e deixei a edícula com cara mais agradável.
Na segunda, seis da manhã lá fui eu para o novo desafio. Comecei na produção do SPTV local...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Determinação e coragem pra mudar

Hoje volto a contar um pouco da minha carreira. Sempre quis tv... mas seguia trabalhando em impresso. Durante uma reportagem em Atibaia, na Grande São Paulo, encontrei Regiane Stella, hoje minha amiga, na época repórter da TV Vanguarda, de São José dos Campos. Cheguei e disse: eu queria ser repórter de tv, como posso conseguir? Ela, atenciosa, me passou o contato de Levy Soares, então gerente de jornalismo.
Mandei material que tinha em vídeo (sim, ainda era fita...) da época de faculdade. Fiz Metodista, em São Bernado, e no final do curso ganhei o prëmio Talento Metodista - melhor repórter de tv da turma da noite de 1996. Tenho até hoje o troféu, uma foca linda!
Depois de um tempo, liguei para o Levy para saber o que tinha achado do material e ele não foi muito simpático comigo... Não desisti. Esperei uns seis meses e voltei a ligar. Oi, meu nome é Renata Afonso, sou repórter do Agora São Paulo, mas quero trabalhar em tv. Posso conversar com você pessoalmente? Ele, mais simpático, disse que sim. E por coincidência estaria sábado na tv. Lá fui eu na estrada... Cheguei, mostrei o material que tinha em vídeo e levei as reportagens que fazia no jornal. Afinal, depois de algum tempo de formada, eu já era outra profissional. 
Eu não esqueço... ele colocou a fita no vídeo e quando apareceram as primeiras imagens, me perguntou. Você já tinha mandando esse vídeo pra mim, não tinha? Respondi, sim... mas como você não me atendeu, resolvi esperar um tempo e tentar de novo...
O Levy me confessou depois que foi nesse momento que eu conquistei uma futura vaga... ele passou a admirar minha determinação!
No sábado seguinte, voltei e fiz um teste para reportagem. Não havia vagas. A pedido do Levy, fui treinando o texto pra tv. Durante meses, chegava em casa tarde da noite e a mesma reportagem que tinha feito para o jornal escrevia como se fosse para a tv.  E mandava pra ele por email.
Nesse período, fui chamada para ser editora assistente de variedades do Notícias Populares, do mesmo grupo do Agora. Aceitei o desafio. Mas continuava mandando os textos.
Até que um dia, maio de 2000, o telefone toca em casa. Oi Renata, é o Levy, tenho uma vaga para você na tv. Aceita? Claaaaro...
E lá fui eu pra São José dos Campos, onde fui trabalhar com a Regiane Stella....a repórter que me passou o telefone do Levy...
Praticamente recomecei minha carreira aos 26 anos de idade. Já tinha cargo e salário bons. Fui pra ganhar a metade e comecei na apuração da Vanguarda.
Não me arrependo...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Me empresta um casaco?

Gente, essa eu preciso contar... Estava no meio de uma reportagem sobre massagem, quando a chefia ligou e pediu para eu seguir para avenida Paulista e fechar um vt sobre o dia mundial sem tabaco. Só que eu ja havia gravado passagem (aquele momento em que o repórter aparece na matéria). Não queria aparecer com a mesma roupa em duas reportagens seguidas... Paramos o carro perto da galeria da rua Augusta. Não tive dúvida! Fui até lá ver se alguém me emprestava um casaco. As duas primeiras lojas recusaram. Na terceira, a gerente Renata foi supersimpática e disse que eu poderia até escolher o casaco. Experimentei alguns e achei um do meu gosto. Pedi para a vendedora me acompanhar até o ponto onde seria gravada a passagem. O mais divertido foi ver a cara do auxiliar e do cinegrafista...hahahaha. O auxiliar disse: não acredito, ela ta vindo mesmo com a outra roupa. O cinegrafista respondeu: você não a conhece, ela é cara de pau! Gravei a passagem com um casaco lindo. E melhor: depois que a reportagem foi exibida recebi no facebook a mensagem de um telespectador elogiando o tal casaco... não contei a história, só agradeci e disse que era emprestado...
Adorei!! Segue o link da matéria para quem quiser ver o famoso e salvador casaco.


http://www.redetv.com.br/Video.aspx?52,15,193318,jornalismo,redetv-news,a-cada-ano-6-milhoes-morrem-por-causa-do-cigarro

sábado, 28 de maio de 2011

Na cola dos bombeiros!

Esta matéria foi feita em vários dias. Saiu graças ao empenho dos profissionais Edilson e Cabral, que toparam seguir a viatura dos bombeiros durante o resgate e curtiram muito a pauta. Deu trabalho, mas valeu a pena.
Quando a equipe topa enfrentar o desafio parece que o universo ajuda e tudo favorece a gravação...
A moradora autorizou a entrada na residência, os bombeiros eram bacanas, toparam participar da reportagem. O final não poderia ter sido melhor: encontrar uma profissional apaixonada pela carreira e que mesmo depois de tanto tempo ainda se emociona... Procurava um final pra história e ele apareceu ali, de repente, pra minha surpresa. Depois desta entrevista, encerrei a cobertura. Vt fechado, disse!
Mostramos o quanto eles são eficientes no que fazem e quanto amam salvar vidas! Em tv não se pode perder o momento. Grava, depois decide o que entra. Nesse caso, aproveitei tudo: as motos, a correria, os resgates, os depoimentos... até a chuva apareceu!!!
Deixei o roteiro pronto e a edição caprichou. Fiquei feliz com o resultado e a matéria recebeu elogios. Que bom!!!

http://redetv.com.br/Video.aspx?116%2C27%2C192052%2Cjornalismo%2Cleitura-dinamica-1a-ed%2Cequipe-do-leitura-acompanha-o-trabalho-dos-bombeiros

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Muitas horas, muitas histórias...

Foi no Agora Sao Paulo, antes Folha da Tarde, que peguei gosto pela reportagem. Chegava no jornal por volta das dez da manhã e só saía de lá, 21h, 22h... sim, a rotina era exaustiva. Muitas e muitas horas dentro da redação. Eu era repórter de geral, fazia chuva, greve, camelôs, saúde, as vezes,  reportagens de crimes.
Eu amava aquilo. Conseguir os personagens, as informações, as histórias me fascinava! Certo dia, um policial desapareceu no rio Tamanduateí, no centro de São Paulo, após salvar uma moradora de rua. Ela estava nas águas, ele conseguiu retirá-la, mas sumiu...
A reportagem foi dividida entre vários repórteres, cada um com uma missão. A minha era falar com os familiares. Mas ninguém sabia onde a esposa e os filhos moravam. Eu fui até o batalhão onde o policial trabalhava. Ninguém quis passar o endereço. Lá estava o irmão dele, que me disse que não lembrava a rua, só sabia o bairro... Aricanduva, atrás do shopping.
Lá fui eu tentar achar a casa. A fotógrafa falava na minha orelha que isso era impossível, era procurar agulha no palheiro. Não dei ouvidos, ainda bem! Chegando no bairro, rodamos por algumas ruas. Até que vi um mercadinho com senhoras na porta. Falei, para aqui! Perguntei se elas sabiam onde o policial desaparecido morava... Por obra do destino, elas sabiam. Me indicaram a rua e eu consegui chegar até a família. Liguei para a redação e avisei que tinha encontrado. Festa geral!!!
Na casa, conversei com todos e consegui o perfil do homem. A esposa não estava, mas falou comigo por telefone.
Voltei, escrevi a matéria e só eu tinha a entrevista com a mulher. Infelizmente, dias depois o corpo foi encontrado. Na reportagem, destaquei a emoção do resgate. Também cobri o enterro, feito com honras militares. Minha primeira cobertura do gênero.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Começo de tudo...

O primeiro jornal que trabalhei foi no Diário do Grande ABC, na região famosa pelas montadoras. Entrei no atendimento ao leitor. Ficava no telefone recebendo ligações de leitores, que reclamavam de buraco de rua, falta de luz ou faziam comentários sobre o jornal. Estava no terceiro ano de jornalismo.
Sempre quis tv, mas lembro da querida amiga Claudia Galli, da mesma turma da faculdade, falando... "Re, aproveita a chance, depois você segue pra tv..."
Ela tinha razão; segui o conselho e me apaixonei por impresso. No último ano da faculdade virei repórter do caderno de vestibular. Me formei, viajei para Inglaterra _ onde fiquei por tres meses _, voltei e fui trabalhar na Folha da Tarde. Vi a vaga para reportagem nos classificados da Folha. Mandei currículo e me chamaram para os testes. Lá já trabalhava outra querida amiga Angelica Sales, que até hoje chamo de meu anjo da guarda. Ela, um pouco mais experiente, era pauteira e teve muita, mas muita paciencia para me ensinar. E que professora!!! Me ajudou com contatos, a melhorar o português, o texto, me orientou sobre os caminhos a seguir nas matérias... Naquela época, celular era para poucos e a gente na reportagem usava orelhão. E quantas vezes liguei da rua pedindo ajuda! Ela tinha uma agenda enooorme, cheia de nomes. E jamais se recusou a me passar um telefone sequer. Coração enorme!

E aprendi também com o Toninho, na época editor de cidades. Foi com o jeito estourado e com as broncas que aprendi a ter responsabilidade na apuração e ter material suficiente tanto para uma nota coberta como para uma página inteira. E ele sempre me respeitou como profissional e sabia reconhecer e elogiar quando fazia uma grande reportagem!
Depois eu conto mais sobre minha época de impresso...

domingo, 15 de maio de 2011

Alimentos, como aproveitar tudo!

Comi tanto nesta matéria...rs. Eu e equipe, claro. Na primeira parte, no Sesc, experimentamos o bolo de casca de banana e o suco de berinjela. O bolo já conhecia, é gostoso. Já o suco... bom... mas só de vez em quando...
Antes de marcar os entrevistados, a Simone, produtora, conversou comigo sobre o que pretendia fazer. Sugeri o projeto do Pão de Açúcar, que há anos faz doações. O restante foi ela quem encontrou.
A culinarista foi extremamente simpática com a equipe e, acostumada com tv, já tinha tudo pronto pra gravar! A filha estava lá para ajudar a mãe, não fazia parte da matéria. Mas papeando descobri que ela tinha a mesma cultura de aproveitamento de alimentos e resolvi incluí-la no  vt. Achei uma saída interessante para a matéria. As vezes, numa conversa descompromissada encontramos um final original, diferente...
Ah, e depois de gravar, mais um convite para comer... foi nosso almoço. Experimentei a torta de legumes e o pudim de mão. Deliciosos!!! O segredo dessas receitas é o tempero. Já tentei fazer em casa e não fica a mesma coisa. É preciso ter mão para cozinha!!!

http://www.redetv.com.br/Video.aspx?116,27,188197,jornalismo,leitura-dinamica-1a-ed,cursos-ajudam-a-evitar-o-desperdicio-de-alimentos

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Inverno em Campos do Jordão

Todo ano não tem jeito. É preciso pegar a estrada e mostrar a movimentação de turistas em Campos do Jordão, na serra da Mantiqueira. A cidade fica cheia de turistas, animada, divertida! Tem boa comida, friozinho, belas paisagens, passeio de teleférico, além das ótimas roupas de frio...
Saímos cedo de SP, chegamos em Campos em duas horas. A única entrevista marcada era com os músicos do festival de inverno. O restante encontramos por lá. E isso acho delicioso... encontrar as pessoas no caminho. A idéia era mostrar o  movimento de turistas, mas como era dia de jogo da Argentina pela copa do mundo percebi algo diferente nos bares. Os brasileiros torciam contra. Achei isso curioso e resolvi incluir no vt, o que acabou ficando interessante na minha opinião. E isso é o gostoso da reportagem. Vc ta lá fazendo o básico e de repente percebe algo estranho, que pode dar um ar diferente para a matéria! é preciso não ter preguiça de pensar e nem de observar ao que está ao redor. Isso pode fazer a diferença!
http://www.redetv.com.br/Video.aspx?52,15,120022,Jornalismo,RedeTV-News,Campos-do-Jordao-aguarda-milhares-de-turistas-no-inverno

terça-feira, 10 de maio de 2011

viagem no onibus!

Acordamos cedo para esta matéria. Eu e equipe chegamos na tv 5h e seguimos para zona sul de sp. Lá encontramos a primeira personagem. Acompanhamos até a chegada do ponto de onibus. Fiz a entrevista e ela seguiu viagem. De lá procuramos um ponto loootado. Pedi autorizaçao e o motorista gentil deixou a gente entrar. Gravamos o sufoco da população que depende de onibus.
No dia seguinte, seguimos cedo para a zona leste. Achamos um ponto final. Novamente pedimos autorização e fomos atendidos. Que viagem! Foram duas horas dentro do coletivo, gravando com passageiros, ouvindo histórias curiosas, reclamações diversas, o sofrimento pra chegar ao trabalho. Estávamos eu e o cinegrafista Edilson dentro do onibus. O auxiliar Cabral seguia no carro. Demos muita risada... de tanto que chamei o cinegrafista, todos os passageiros já sabiam o nome dele! Foi uma manhã diferente pra gente e pra eles também. Este é o tipo de reportagem que mais gosto de fazer. Encontrar personagens na rua, construir o texto em cima disso, ouvir histórias diferentes....o editor caprichou também! O resultado está aí!
http://www.redetv.com.br/Video.aspx?52,15,108378,Jornalismo,RedeTV-News,Paulistanos-sofrem-para-chegar-ao-trabalho-de-onibus

sábado, 7 de maio de 2011

Parceria no trabalho!

Esta matéria sobre ciëncia mostra a boa parceria entre repórter, cinegrafista, auxiliar, pauta e edição. A produtora Simone me falou sobre o assunto, os entrevistados que queria marcar e o enfoque. Eu construí a sequëncia que queria e sugeri o Instituto Butantan para gravar a passagem. Já fiz várias reportagens no instituto e gosto bastante. É um local muito rico e cheio de descobertas. Ao cinegrafista eu falava o que pensava em escrever e ele corria atrás das imagens. Quando terminei o texto, passei o que queria para a editora Fernanda, que junto com o Robson _ editor de imagem _ capricharam na ediçao. Ela seguiu os trechos das sonoras que sugeri e ele foi caprichoso em destacar as paginas que tinha indicado na internet.  Com boa parceria, tudo funciona melhor!!


http://www.redetv.com.br/Video.aspx?116%2C27%2C187169%2CJornalismo%2CLeitura-Dinamica-1a-Ed%2CCiencia-no-Brasil-enfrenta-desafios