quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ai...ai...ai...

Ai..ai..ai... era isso que ouvia enquanto fazia a entrevista com um casal. A matéria era sobre os casamentos inusitados. Nesse caso a noiva chegou à cerimônia de helicóptero...
Gravamos numa sala comercial pequena, no trabalho do entrevistado. Decidimos gravar em pé, com um quadro bonito ao fundo. Mas o corredor era estreito, sem muito espaço, e tinha um balcão com café. Foi  nesse balcão que o cinegrafista Serginho se encostou todo empolgado. "Aqui está perfeito", disse. O entrevistado, gentil, ainda perguntou: "Tem certeza? Não quer mudar?". Nãoooo, tá ótimo, tenho os dois na imagem e o fundo está bonito", disse Serginho.
Só que a posição dele, meio sentado, meio encostado não balcão com metade da perna apoiada não era assim tão confortável para duas entrevistas, de no mínimo 5 minutos cada. Na segunda, quando conversava com a noiva... ele começou a gemer bem baixinho..rsrsrsrs... ai...ai...ai... e respirava forte. Eu olhei  meio de lado para tentar entender o que era aquilo!!! Quando encerrei a entrevista, ele solta um grito: aaaaaaaaaaaaaaaaaaai, que dor!!!! E colocou a mão na perna. Ele estava com câimbra e não aguentava mais ficar naquela posição...
Olha, foi impossível não rir, porque a cena foi engraçada. Claro, não era nada grave. Apenas um incômodo por causa da posição. Na saída, ele ainda me disse: se você fizesse mais uma pergunta eu te daria um croque na cabeça...kkkkkkkkkkkk
Falei...é Serginho...você não tem mais 20 anos....

sábado, 22 de outubro de 2011

Ela não tem braço nem pernas, mas é muito feliz!!!!

Fim de semana do Teleton é na frente da tv. A cada história que passa lá vou eu para o telefone fazer mais uma doação. Como jornalista, já fiz muitas reportagens na AACD. O trabalho é sério e todos os personagens têm histórias riquíssimas, que emocionam.
Me lembro especialmente de uma menina que faz parte do grupo de capoeira da AACD. Era uma matéria numa feira e o grupo estava lá para uma apresentação. Fiquei assistindo e me encantei com a menina sorridente. Avisei o cinegrafista: ela será minha entrevistada!
Natalia nasceu sem pernas e braço. Era triste? Não... Jogava capoeira, assim como as outras crianças, sem se importar com as limitações do corpo. E sempre exibia um sorriso lindo!!! Ela me disse que não havia limites para ser feliz, a deficiência não era motivo para reclamar da vida. Os meus olhos encheram de lágrima e tive de segurar forte para não desabar ali na frente dela. Era pequena, tinha apenas oito anos de idade, mas muito otimista em relação à vida.
Essa entrevista foi lá por 2002... Hoje ela está uma moça, 18 anos, e continua feliz e com aquele sorriso _ que não esqueço até hoje  _ no rosto.
Na minha opinião, as histórias da AACD são uma lição de vida e dão um recado: a gente precisa deixar o ego de lado e parar de reclamar da vida. Eu vou ser feliz com o que sou e o que tenho!!!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Plantão...

A semana pós-plantão é dura, quase que intermivável. A sexta-feira parece distante distante... Na rede Mulher, eu fiquei cinco anos longe do trabalho no fim de semana. Era tão bom...
Mas já tive boas experiências também, trabalhar de fim de semana faz parte do jornalismo.
No Agora São Paulo, teve um domingo que minha pauta era cobrir o show do Zezé Di Camargo e Luciano (minha dupla preferida) no Parque do Ibirapuera...hahaha, que pauta difícil... Lá fui eu, ver o show da ala vip...uhuuu.
Neste último domingo fui cobrir uma feira de curiosidade. Grafiteiros, muralistas, quadrinhistas criando na frente do público. Numa entrevista, um quadrinhista disse que a inspiração tinha vindo de uma moça que visitava a feira e, detalhe, estava com um bicho de pelúcia na cabeça. Sim, na cabeça!!
Enquanto entrevistava a "inspiradora" ouvi o quadrinhista falar para o colega: "quero só ver como vou explicar isso pra patroa", hahahaha. Lá fui eu pegá-lo de surpresa... E aí, como você vai explicar isso lá em casa? Ele respondeu, mas meio sem graça. Voltei pra tv e dei muita risada contando a história para os colegas. Tá vendo? O plantão tem seu lado divertido... É aquela história, não tem como evitar, então, divirta-se!

http://www.redetv.com.br/Video.aspx?32,13,225723,jornalismo,leitura-dinamica-2a-ed,pixel-show-destaca-arte-de-grafiteiros-e-muralistas

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Loiane, foi um prazer te conhecer!

Eu adoro matérias com personagens. Acho que enriquece qualquer vt. Conhecer a história do outro me encanta. Foi assim com Loiane, uma jovem estudante de medicina. De família simples do interior de São Paulo, ela fez muitos anos de cursinho, mas não conseguiu entrar numa faculdade pública. A saída foi o financiamento estudantil do governo. Pra realizar o sonho, ela contou com ajuda de um dentista, que a conhece desde pequena e aceitou ser o fiador do empréstimo. Corajoso e iluminado! Afinal, são poucas pessoas que têm coragem de enfrentar um desafio desse: assumir a dívida do outro.
A tranquilidade dela me surpreendeu. Ela passa uma paz ao conversar com a gente...foi gentil com a equipe, e tem certeza absoluta de que vai ter condições de pagar o empréstimo depois de formada. E o que é melhor. Não senti que ela faz medicina para enriquecer. O objetivo dela é ajudar ao próximo. Fazer o bem sem olhar a quem. Tenho certeza absoluta que ela vai conseguir! Loiane, foi um prazer te conhecer!
http://www.youtube.com/user/reafonso2010?feature=mhum

Depois de ler o blog, Loiane me escreveu no facebook.
Loiane Zagui
NOSSA FELIZ ESTOU EU MESMO!!! estava comentando com minha mãe o quanto esté dificil ficar aqui, lutar contra a saudades e contra as dificuldade.. de repente chega um email da Grace.. nossa vcs alegraram meu dia.. juro!!! lindas as palavras..... muito bom saber que há porfissionais diferenciados!! vo imprimir o que vc escreveu e quero ter em um pasta de recordações do meu trajeto universitário, pois para nos entristecer e nos amendrotar existem milhares, mas para confortar-nos e nos oferecer palavras de admiração e afeto.. raríssimos!!! obrigada mais uma vez.. mesmo..mesmo!!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Ele é uma brasa, mora?

Educado, simpático, gentil, carismático. Sim, Roberto Carlos tem todos esses adjetivos.
Em 1999 estive com o cantor  por duas vezes. 
Em outubro, encontrei Roberto Carlos em Aparecida. Ele participou de uma missa na basílica. Foi um momento triste, porque ele tinha acabado de descobrir que a esposa Maria Rita estava novamente com câncer .
A assessoria já tinha avisado que ele não daria entrevista, apenas cantaria na celebração. Havia uma dúvida se ele participaria ou não de uma procissão. Sem nada confirmado, os colegas repórteres desistiram de esperar e foram beber uma cerveja... (ele já tinha cantado na missa)
Eu não desisti, fiquei sentadinha num canto da basílica perto de uma porta. Vai que algo acontece... pois é...aconteceu.... A procissão se aproximava quando ouvi um barulho na porta. De dentro sai Roberto Carlos, que vai ao encontro da procissão.. eu junto!!! Cheguei perto, acompanhei alguns passos, tomei coragem e perguntei... Roberto, você não quer falar nada mesmo? Ele, educado, disse: "querida, tenho fé que ela vai ficar curada". Agradeci e deixei ele caminhar sozinho...
Os colegas voltaram correndo e, preocupados, chegaram perguntando: ele deu entrevista? Falou alguma coisa? Eu respondi, não, não falou nada... No dia seguinte, tiveram de explicar ao chefe porque só o Agora São Paulo tinha a frase do rei....
O outro encontro foi na missa de finados organizada pelo padre Marcelo Rossi. Entre os cantores convidados estava o rei. Depois da missa, ele gentilmente conversou com os jornalistas, eu, inclusive! Foi uma conversa rápida, informal, mas deliciosa. Afinal, não é todo dia que se encontra Roberto Carlos...o ídolo da Jovem Guarda, o cantor mais famoso do Brasil!!! Eu tava bem na frente, ele chegou, olhou pra mim e disse: tudo bem com você? tuuuuudo....Depois da rápida entrevista, eu ainda tive tempo de contar: minha tia Lidia foi babá da sua filha mais velha. Ele, sorrindo, respondeu: manda um beijão pra ela... Acho que minha tia não dorme até hoje depois desse recado...Ele é uma brasa, mora?