terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Mas você consegue fazer as entrevistas?

Essa foi a pergunta mais idiota que ouvi este ano. Foi durante uma entrevista para um frila. Não é uma empresa de comunicação, mas tem um setor que faz videos dos eventos que a empresa realiza. A pessoa que fez a pergunta, claro, não é do jornalismo.
Eu sabia que eles precisavam de uma repórter para frilas e mandei o currículo. Me chamaram para a entrevista, e no meio da conversa, a pessoa fez a pergunta infeliz. Internamente, xinguei.... mas para ela sorri e respondi que sim.  O chefe dela, constrangido, tentou consertar, elogiando meu currículo.
O acesso `a tecnologia permitiu a democracia dos vídeos, da comunicação, dos sites. Ótimo. Eu acho mesmo que todos têm direito a ter acesso 'a informação. Mas é preciso preparo, contratar profissionais do ramo. Não adianta montar um setor de vídeos e colocar no comando uma pessoa que não é da área.
Isso é só um exemplo da vida de um jornalista frila. Cada dia um trabalho diferente, num canto diferente, com um chefe e patrões diferentes. Mas é divertido, a gente aprende a lidar com os egos.
Uma produtora me chamou para um job uma semana antes. Faltando três dias, cancelou a externa. A empresa contratante não queria pagar o cachê. Achou que não teria necessidade de uma jornalista para entrevistas.... Um dia antes me ligam perguntando se poderia gravar na manhã seguinte o mesmo evento. Topei. E descobri que eles tentaram fazer as entrevistas no dia anterior, mas não saiu como esperado, os entrevistados não respondiam corretamente. Provavelmente porque as perguntas não eram feitas de forma correta.
Jornalista sabe perguntar, tem olhar pra saber quem topa falar ou não, consegue tirar o melhor de uma entrevista, tem paciência para esperar a resposta correta. Não é todo mundo que fala bem de primeira, principalmente para tv. É a minha opinião, cada um tem o direito de pensar como quiser.
Numa feira de cosmésticos fui contratada para gravar com os clientes da marca, a maioria cabeleireiros. A dona da empresa que me disse que estavam relançando o produto, um creme para cabelos. Perguntei qual era o diferencial do anterior, era o cheiro, que antes não tinha. Hum.... e realmente era uma delícia. Pedi licença, peguei um pote e já gravando pedia para o entrevistado abrir e sentir o aroma. A reação dos profissionais foi maravilhosa, todos ficam admirados. A dona da empresa adorou a ideia e um dos vídeos foi só sobre essa reação ao aroma.
E eu tive essa sacada numa conversa com a dona, minutos antes de começar meu trabalho. Não tive uma ideia genial, mas sou preparada para ouvir e tirar das pautas a novidade, o que pode chamar a atenção. Durante anos, a cada pauta fui treinando meu faro de repórter.
Empresas contratem mais jornalistas!!!
Gostaria de agradecer muito aos amigos jornalistas que me indicaram para frilas, para vagas, para projetos.  Serei eternamente grata pelo gesto!
Até 2015!

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Cacto, o único alimento da família

Eu lembrei desta entrevista ontem, depois de ficar passada com o preconceito que invadiu as redes sociais com o resultado da eleição. Já faz uns 16 anos que fiz esta reportagem, mas a frase foi tão impactante que nunca esqueci.
O meu personagem tinha na casa dos 30 anos, tinha vindo do sertão da Bahia para trabalhar como caseiro numa chácara em São Paulo. Estava há alguns meses aqui, gostava do trabalho, mas não estava feliz. Sentia saudade da terra, da esposa e dos filhos. Mas vir para São Paulo tinha sido a única alternativa para a família não passar fome. Com a seca que reinava por lá, a plantação ficou destruída, e eles não tinham o que comer.
"A gente estava comendo cacto." Cacto, a planta?, perguntei espantada. "Sim, cacto....", respondeu resignado.
Fiquei impressionada com aquela declaração.
Continuei a entrevista, e ele me disse que agora estava mais aliviado, menos angustiado, já que com o salário de caseiro conseguia mandar algum dinheiro pra lá e a esposa podia ao menos comprar arroz e feijão.
Depois desta entrevista, passei a entender porque muitos vêm pra cá. Porque todos brasileiros têm o direito de lutar por uma vida melhor. E São Paulo não é esse estado potência só por mérito de um governo e sim por uma questão histórica.
Pra mim é inaceitável imaginar que alguém pense que a pessoa seja obrigada a viver onde nasceu, mesmo não tendo acesso a saneamento, água, e o mais triste, muitas vezes sem ter o que comer. Isso não tem a ver com voto e sim com respeito ao próximo.
Ah, você  já comeu cacto? Talvez nunca tenha precisado....pense nisso!

domingo, 24 de agosto de 2014

Quer aprender sobre tv? Pergunte ao Machadão

Na tv ele era carinhosamente chamado por todos por Machadão. Era câmera dos programas. Eu, repórter do jornalismo, tinha pouco contato com ele. Apenas o cumprimentava quando encontrava nos corredores. Era um senhor na casa dos 60 anos.
O que eu ouvia dele: que era bravo, rabugento, reclamava demais, pra ter cuidado com ele.
Até que o destino nos colocou na mesma equipe....e vi que tudo que falavam era uma grande mentira!! Ele, experiente, sabia que em tv às vezes é preciso criar armaduras para manter os chatos bem longe.
O meu câmera saiu de férias, Machadão ficou no lugar. Já na primeira saída, o papo rolou solto e descobrimos um laço que enriqueceu a parceria. Há alguns anos, Machadão perdeu uma filha. Ela também se chamava Renata e na conversa durante a primeira tarde de trabalho ele descobriu que eu tinha a mesma idade.
O mês passou, que foi uma delícia, com muitas risadas, muitas conversas, muitas histórias. O homem é história viva da televisão brasileira. Passou por Tupi, Excelsior, emissoras pioneiras. Contou fofocas de atores, atrizes, apresentadoras, jornalistas....hum...essas hoje senhoras recatadas não foram tão puritanas assim na juventude....rsrsrrss
Quanto mais ele contava, mais eu ficava curiosa. Era a gente entrar no carro entre uma gravação e outra para o papo continuar.
E o melhor de tudo, além de uma companhia muito agradável, descobri um profissional excelente. Daqueles que segue o instinto, sem depender de orientação de repórter. Tem faro próprio. Chega, logo reconhece o ambiente e identifica onde está a notícia. E sabe ouvir...
Certa vez, estávamos gravando numa loja de brinquedos educativos. Machadão registrava as crianças brincando. Aí reparei que uma menina estava interagindo de forma engraçada com um brinquedo. Machadão estava de lado gravando a outra turma, não tinha como ver. Cheguei no ouvido dele e disse: Machadão vai na loirinha. Ele, sem parar de gravar, foi virando o corpo e a câmera lentamente até chegar na imagem. Preciso falar mais??
Hoje, Machadão está aposentado, vive na praia, curtindo esposa e netos. Eu e a Elizia, que também trabalhou com ele, já fomos até la. Passamos um dia, mais um de historias e companhia deliciosas!! Quer aprender sobre tv? Pergunte ao Machadão.






domingo, 22 de junho de 2014

O meu amigo está bem?

Foi com esta pergunta que o jovem de 15 anos me recebeu em casa. A resposta... "Sim, ele está no hospital". Era mentira...
O amigo havia morrido, mas a pedido da mãe eu tive que mentir. Explico.
A minha reportagem era sobre um acidente em uma movimentada avenida da zona sul de São Paulo. Dois jovens, entre 14 e 15 anos, voltavam da escola e faziam a tradicional e saudável bagunça dentro do coletivo. A avenida era estreita e os ônibus passavam próximos da calçada, guias e postes....
Os dois, na brincadeira, colocaram a cabeça para fora pela janela. Ao virarem pra trás para mexerem com quem havia descido não viram o poste. O motorista, infelizmente, também não percebeu o que estava acontecendo. Violentamente eles bateram as cabeças no poste. Foram socorridos, mas um não sobreviveu.
Ao chegar na casa do rapaz, a mãe topou que eu entrasse, mas pediu que eu não contasse a verdade. O  menino estava abalado, com dores, e não sabia da morte do amigo. O melhor amigo.
Eu fiz a entrevista com todo cuidado, falava pausadamente para não errar o tempo verbal. Perguntava no presente. Vocês são amigos? Estudam juntos? Se conheciam desde criança, jogavam bola, estudavam e iam pra balada juntos. Era visível a preocupação dele com o amigo.
Não foi fácil...
Mas a mãe não conseguiria esconder a verdade por muito mais tempo. Em algumas horas, a notícia estaria na tv e no dia seguinte, nos jornais. Naquela época a internet não era de fácil acesso.
Mas eu, como jornalista, não tinha o direito de contar. Se a mãe pediu segredo, é porque ela sabia o tamanho da dor que a notícia iria causar no filho.

domingo, 1 de junho de 2014

A primeira aparição na tv

Preciso desfazer uma injustiça. Ainda não escrevi sobre a primeira vez que uma matéria minha foi ao ar. Era 2001. Trabalhava como produtora na tv Diário, afiliada da rede Globo, em Mogi das Cruzes. Eu costumava ir pra rua para gravar entrevistas, mas não gravava passagem (quando o repórter aparece). Como estava saindo com frequência, certo dia o cinegrafista Serginho insistiu para que eu gravasse uma passagem.
Resolvi seguir o conselho, fiz uma maquiagem rápida, arrumei o cabelo e gravei. Detalhe: estava de regata. A roupa era bonita, mas naquela época era raro ver uma repórter de tv de regata. Sim, a tv tem seu modismo....Agora, por exemplo, estamos na moda das camisas. Gravei e quando cheguei na redação comentei com a Fabiana, editora. Fechei o texto, gravei o off e fui embora.
Em casa, 'a noite, assistindo ao jornal, veio a surpresa... A reportagem foi ao ar com minha passagem. Não acreditei!!! uhuuuuuuu
Gentileza da colega Fabiana. Ela viu a minha passagem, gostou e chamou o Janio, gerente de jornalismo. O Jânio me conheceu quando fui até a tv pedir emprego. Ele resolveu apostar e me deu a vaga de produtora.
O Janio viu a imagem, gostou e deu autorização para que a minha passagem fosse ao ar...
Nunca, nunca me esqueci da emoção que senti naquele dia. Minha imagem no ar na tv de 14 polegadas, tv companheira da minha batalha jornalística (pra onde eu ia a tv ia junto).
E sou eternamente grata a essas pessoas. Acho que elas nem sabem, mas ajudaram a realizar o meu sonho de ser repórter de tv.
E foi assim a minha primeira vez... em tv!

sábado, 24 de maio de 2014

Renata, você tem um blog?

Renata, você tem um blog? Eu não conhecia a pessoa que me fez a pergunta, mas ela já tinha lido meu blog... Eu estava fazendo a pré-produção para um comercial de tv. Procurava crianças e jovens para cantar no coral. Pra isso, liguei em algumas escolas de música. Ana, que estava do outro lado da linha, é mãe de uma talentosa jovem de 14 anos e entrou em contato comigo para ter mais informações.
Depois que expliquei todo o processo, ela perguntou sobre o blog.
Renata, você tem um blog? Tenho, porquê? E que eu já li seu blog...
Uau... fiquei surpresa. É curioso encontrar alguém que você nunca viu, mas que conhece seu trabalho na internet. Sim, porque na tv isso pra mim já era comum.
A Ana é católica e estava procurando algo na internet quando chegou até o meu post "Respeitando a fé alheia".
Ela leu, gostou, achou interessante e disse que teve a curiosidade de me conhecer. Pois não foi que o destino nos colocou no mesmo caminho? Eu procurei na internet algumas escolas de música, escolhi e liguei pra escola onde a filha da Ana estuda música, deixei recado com meu nome completo e ela entrou em contato...
Fui até a casa dela para gravar o vídeo do comercial, e tive o prazer de conhecer mãe e filha. Adorei!
Ela me contou sobre como achou curiosa a postagem, correta, exatamente a intenção que quis passar.
Acho que ganhei mais uma leitora....oba!!!!
ah...parece coincidência, mas algo me diz que não é....

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Respeitando a fé alheia

Ele estava ajoelhado, as mãos unidas com força e os olhos fechados. Da boca saíam algumas palavras, mas eu não conseguia ouvir. A imagem do rapaz na sacristia me chamou a atenção assim que entrei na igreja. Rezava com fé.
Eu estava na igreja para fazer uma matéria sobre confissão. Em princípio, a orientação da pauta era para "tentar encontrar" algo divertido, curioso, nessa linha...tentar descobrir o que as pessoas confessam.
Mas o que é discutido nas chamadas reuniões de pauta nem sempre se aplica na rua. Aí entram a responsabilidade e personalidade do repórter de colocar no papel o que realmente foi encontrado na externa, de mudar o foco se for preciso.
Foi o que fiz. Estive em duas igrejas católicas e nas duas apurei que a confissão era muito, mas muito importante para aquelas pessoas. Não era só um ato de chegar para o padre e contar algo. Era, pra elas, a limpeza da alma, o perdão de Deus, a vida em paz. Foi isso que ouvi. "Confessar me traz paz", me disse o rapaz ajoelhado.
E com a fé alheia não se brinca. Se respeita.
E eu respeitei. Ao chegar na redação, avisei a minha chefe que não dava pra levar a pauta sobre confissão para o lado curioso, contei sobre o rapaz na sacristia e disse que não me sentia nesse direito. Ela entendeu e aceitou o vt (reportagem) com o que tinha apurado.
Ah... eu não me confesso, mas me senti em paz com a reportagem que foi ao ar, respeitando a fé dos meus entrevistados.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Ela me deu uma piscadinha e eu me senti cidadã

Eu fui até Governador Valadares, em Minas Gerais, para conhecer a Adenise. Minha missão era pesquisar sobre a vida dela, descobrir os sonhos, as dificuldades, conhecer a família. Tudo isso seria colocado em um relatório para a agência de publicidade analisar e definir o personagem para o próximo comercial de um banco. Nessa série, o banco faz homenagem aos gerentes. Então, algum cliente tem que dizer porque esse funcionário foi tão importante pra ele.
Adenise me contou que durante muito tempo tentou um empréstimo para casa própria em outro banco. Não conseguiu. Tinha desistido. Até que na fila do Banco do Brasil viu um anúncio do "minha casa, minha vida". "Hum... não sabia que aqui também tinha", pensou. Foi atrás e conseguiu todas as informações.
Passei uma tarde na casa dela, com bom papo, muitas risadas e bolinho de chuva feito especialmente pra mim!!!
Fiz fotos da casa, dos móveis, da família, e depois, gravei a entrevista. Fui questionando vários pontos que precisava pra minha pesquisa, queria descobrir porque a história dela poderia valer um comercial.
No meio da conversa, perguntei como tinha sido o tratamento dado pela gerente. "Foi muito bom, ela me tratou como gente, não se importou com a roupa que eu estava usando." E quando você teve a certeza que conseguiria o empréstimo? "Quando ela olhou pra mim, deu uma piscadinha e disse que ia dar tudo certo."
Quando ela disse isso, vi seus olhos brilhando. Percebi que aquela piscadinha tinha sido importante pra autoestima da Adenise. E insisti na história....o foco estava ali!!!!
Tive a certeza que a gerente nem imaginava que um ato corriqueiro, uma simples piscadinha, iria mudar o destino de uma família, que há tempos tentava comprar a casa própria. Foi nesse gesto que Adenise ganhou força pra continuar atrás do sonho. Se a gerente soubesse disso, iria se emocionar, pensei.
Eu perguntei...."Porque essa piscadinha foi tão importante pra você?"
"Eu me senti uma cidadã!"
Adenise conseguiu o empréstimo e o comercial!

ah... eu eu descobri que a repórter aqui também é pesquisadora! Que bom que o jornalismo tem várias possibilidades, basta saber enxergar. Quem me ensinou isso foi a querida amiga Shirlei Soares. 


 http://www.youtube.com/watch?v=0xKPmcGXYTI&list=PLF6D0D0B2BEEEF7B6

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

18 anos depois, o reencontro!

Ela vem com seu jeito despojado, passa por trás e não tem dúvida. Belisca a bunda do colega como se fosse a coisa mais natural do mundo...
Ele, meio assustado e rindo, dispara: "você não muda mesmo".
Foi nesse clima descontraído o encontro com a turma de faculdade, 18 anos depois....
A foto antiga publicada na rede social deu saudade em todo mundo....a turma da faculdade queria se encontrar!! O churrasco saiu...e foi uma delícia!!!!
Alguns não se viam mesmo desde a formatura. Outros são amigos até hoje. A classe era grande, umas 80 pessoas. Nos separávamos por grupos, mas havia harmonia.
E nesse reencontro tínhamos muito o que falar....quem casou, quem teve filhos, quem já separou, carreira, trabalho, relembramos as noites nos bares, os professores, as aulas, os momentos inesquecíveis. Foi bacana! Os jovens estudantes agora são profissionais experientes....
A cena do beliscão era comum na época de faculdade. A danada realmente tinha esse costume. Mas 18 anos depois, ninguém lembrava mais. Talvez por isso, a cena foi engraçada. Eu vi porque estava do lado.
O curioso foi a reação dele, olhando rápido pra trás pra ver se a esposa, que estava longe, tinha visto...
Não viu....





sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

O vermelho

Reeeee, agora que eu reparei que você usa muito a cor vermelha, disparou o auxiliar da tv espantado com a descoberta. Detalhe: ele trabalhava comigo quase que diariamente.
O auxiliar disse isso depois que alguém fez um comentário referente a minha roupa. "Renata, a repórter que adora blusa vermelha."
Eu respondi para o auxiliar, "como você nunca percebeu isso??" E justo naquele dia, eu estava de blusa, brinco e bolsa....na cor vermelha.
Meu olho é treinado na hora que vou às compras. Dezenas de opções na arara, mas é só encontrar a tal peça vermelha pra encerrar o consumo. Eu gosto, acho uma cor viva, brilhante, cheia de energia.
Nas últimas eleições tive que rebolar pra mudar o figurino. O PT usa a cor vermelha como referência e não daria para eu cobrir as eleições usando sempre essa cor....mesmo porquê, o vermelho não tem nada de discreto.
A saída foi correr para as lojas e mudar um pouco....mas só um pouquinho. Sem exageros....rsrs
Certa vez, quando arrumava a mala para viajar, foi que reparei esse detalhe monocromático no armário. Pensei....nossa, quanto vermelho....rsrs

É...meu guarda-roupa é parecido com o da Mônica, a querida personagem dos quadrinhos que só usa vestido vermelho.
Ah....lembrei!!! Falta um vestido vermelho no meu armário....preciso resolver isso, urgente!