terça-feira, 10 de setembro de 2013

Você é o Schumacher...

Domingo recebi a triste notícia da morte do meu professor de televisão Fernando Vilar. 
Eu o conheci logo no primeiro ano de faculdade. Estava curiosa. Queria saber quem daria aula de televisão na faculdade de jornalismo. Afinal... tv sempre foi minha paixão!!!
Mas os dois primeiros anos de faculdade foram praticamente teoria. Só a partir do terceiro ano começou a prática. E lá fui eu finalmente fazer televisão.
O professor Fernando Vilar deu aula para a turma por dois anos, o terceiro e quarto. Era simpático, atencioso, sempre disposto a atender os estudantes.
A classe inteira sabia que televisão era minha paixão. O Fernando também, claro. Eu ia feliz para as aulas, amava segurar o microfone, gravar, fazer entrevistas (amo isso até hoje). Ele sempre me incentivou e deixava claro que gostava do meu trabalho. Passei com nota 10 em televisão nos dois anos.
No final do curso, havia uma premiação para os estudantes. E fui escolhida entre os professores - inclusive com voto do Fernando - como a melhor repórter da turma da noite. Terminei o curso com o troféu Talento Metodista. Guardo com carinho esse prêmio.
Alguns anos depois, já como repórter de televisão, voltei para visitar o Fernando na Metodista. Continuava com a mesma simpatia, e fiquei imensamente feliz em saber que ele lembrava de mim, afinal são tantos alunos! Fernando fez questão de contar aos alunos que eu tinha feito jornalismo na Metodista e que trabalhava em televisão. Ele acompanhava meu trabalho de longe. 
Certa vez, depois de uma gravação ainda na faculdade, mostrei para ele o resultado. Na época, o Schumacher ganhava todas na Formula 1, estava no auge. E ele me disse... "Renata, sabe o Schumacher?" Sei... "Então, você é o Schumacher", me disse sorrindo. Nunca mais esqueci...
Vai fazer falta, muita falta...

 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A panela

Fazia tempo que queria escrever sobre isso... hoje decidi que era hora! Panela no jornalismo é aquela turma que é amiga, tá sempre junto. É comum também alguém da panela chamar o colega para o novo emprego. Até aí, tranquilo. Qualquer pessoa tem direito de trabalhar com quem confia e gosta. O problema é quando a panela é agressiva, fechada, prejudica os demais colegas, destrói todo um trabalho bem feito.
Pessoas que já estavam na empresa e faziam um trabalho excelente, davam resultados. Pessoas que davam duro, tinha espaço, talento e batalharam para estar ali... No meu caso, nada veio de graça. A carreira é minha, eu batalhei por ela!
Pois é, nada disso vale em determinadas panelas. A turma chega e vai eliminando todos, afinal é preciso abrir vagas para os amigos, sejam eles bons ou não.
Eu não faço parte de panelas. Tenho amigos com quem gosto de trabalhar. Mas nunca fiz parte de máfias. Sou contratada para trabalhar, não pra fazer jogo. 
O que vi nos últimos tempos foi um massacre. Desrespeito, ego, ganância. Triste demais. Me decepcionei, fiquei triste com a profissão, impressionada com certas cenas, com certas atitudes.
Ah, e ainda tem gente que tem a cara de pau de me adicionar nas redes sociais. Pra que? Não, obrigada!