terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Desistir ou não do jornalismo?

Calma, não estou pensando em largar o jornalismo. Adoro a profissão. Mas que 'as vezes dá um desânimo ah, isso dá. Como em qualquer profissão tem gente chata e mau caráter. Aí é preciso ter ouvido seletivo, deixar pra lá e seguir adiante. Jogar para o universo, deixar que o destino cuide dessa gente. E ele cuida.
E depois, dar boas risadas disso tudo. Quem apronta e ofende quase nunca sabe que vira motivo de piada nas rodas de bares.
Toquei no assunto porque no fim de semana encontrei amigas, algumas jovens jornalistas. E elas me disseram que muitos colegas de faculdade delas estão desistindo da carreira. É... não é fácil começar, mas também não é impossível. Eu comecei, enfrentei os desafios e completei 18 anos na área. Não foi fácil, mas to aqui. Como disse um amigo certa vez: "não desista dos sonhos por causa dos outros". Ah não desisto mesmo!!!!!!
É comum a crise da profissão por volta dos 30 anos, principalmente de quem é repórter. Eu passei por ela imune, ufa! Mas alguns colegas que eram repórteres cansaram do dia a dia da rua e foram para outras áreas. Alguns viraram produtores, outros assessores de imprensa, e alguns simplesmente nem querem saber mais da profissão. São opções. Cada um tem o direito de procurar a felicidade e o bem estar.
A minha ainda está no jornalismo. Mas eu não sou radical. Se não estiver sentindo  mais prazer naquilo que estou fazendo vou mudar sem olhar pra trás. É vida que segue...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Eu cheguei aos 18 anos!

Na colação e no baile com meu padrinho

São 18 anos de carreira! Passou tão rápido... Eu comecei a trabalhar na área no terceiro ano de faculdade. Passei rapidamente por uma assessoria de imprensa e logo em seguida fui para o Diário do Grande ABC. No quarto ano da faculdade, era repórter do caderno de vestibular. Sim, já ganhava como repórter e tinha registro em carteira, já que estágio não era regulamentado. Eu sempre quis tv. Nunca tive dúvida disso, mas seguindo o conselho de uma amiga, aproveitava as oportunidades que me apareciam.
E parece que foi ontem que eu me formei. Eu recebi o canudo no Palácio das Convenções do Anhembi. Ah, eu achava esse nome tão lindo, queria muito que a colação fosse lá. O patrono da formatura foi o jornalista Caco Barcellos. Quando ele me entregou o diploma, falei: eu também vou trabalhar em tv.
Batalhei muito e consegui! Este mês completo 18 anos de carreira, 12 em televisão. Sou muita grata ao universo por fazer o que sempre sonhei. Quando criança não tinha dúvida em responder `aquela tradicional pergunta: o que você vai ser quando crescer? Repórter, dizia.
Aos 18 anos, me sinto mais tranquila para apurar os fatos, mais certa do que escrevo e principalmente, tenho mais paciência para ouvir o que os mais experientes têm pra me falar. É...porque no jornalismo a gente está sempre aprendendo.
Eu gosto muito da reportagem. Gosto de entrevistar as pessoas, ouvir as histórias que elas têm para contar, descobrir personagens na rua, encontrar o que não está programado, de xeretar. Gosto também das entradas ao vivo, sinto um prazer imensurável com o microfone na mão. Gravar passagem (quando o repórter aparece)  me faz um bem danado. É porque gosto do que faço, simples assim.
Outro dia ouvi a Fatima Bernardes falar que uma pessoa de sucesso também é aquela que faz o que gosta. Então, eu sou uma mulher de sucesso!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

É tudo igual, mas tudo diferente

É, não adianta reclamar. Todo ano é a mesma coisa. A notícia é a mesma, ou quase a mesma. Se não gostar disso, muda de vida, porque no jornalismo é assim.
No ano novo, destacam-se os enormes engarrafamentos para o litoral, as festas na Paulista, em São Paulo, em Copacabana, no Rio de Janeiro, e os seus famosos jogos de artifício. Depois da virada, começam as chuvas de verão. As enchentes e suas tragédias se repetem ano a ano. O que muda é a intensidade. Mas pode preparar a galocha e a capa.
Seja em fevereiro ou março, o carnaval chega. E lá vem as reportagens sobre aprender a sambar, as agremiações, as fantasias mais vendidas....
Passou o carnaval, os olhos se viram para o dia das Mães, a segunda data mais importante para o comércio. Preparamos matérias especiais sobre as mães e o movimento nas vendas. Junho é a vez das festas juninas: receita de doces são comuns...
Julho, férias escolares. Agosto, dia dos pais. Setembro, independência do Brasil. Outubro, dia das crianças e de Nossa Senhora. Novembro, visita aos cemitérios. Dezembro, compras de natal e festas de fim de ano.
Janeiro, começa tudo de novo..
É tudo igual, mas tudo diferente. Em 1998 eu fiz a primeira campanha de vacina contra gripe para idosos. Na época, a campanha era o foco das reportagens. No ano seguinte, a novidade era mostrar que os idosos estavam morrendo menos de pneunomia por causa dessa vacina. No outro ano, eu mostrei que os idosos não estavam aderindo a campanha porque achavam que a vacina provocava gripe. Viu? O assunto é o mesmo, mas sempre há uma saída...
Só procurar.