quinta-feira, 29 de março de 2012

Renata, você pode ir pra Disney?

Numa tarde de julho o telefone de casa toca. Ao atender, vem a pergunta:
Renata, você pode ir pra Disney? O convite inesperado partiu de Marina Telecki, repórter da revista Atrevida, e uma querida amiga. Ela me ligou na terça-feira para viajar na quinta....
Em 2007, depois da saída da Rede Mulher, fiquei alguns meses fazendo frilas para editoras e produtoras e estava livre para viajar. Oba!!
A revista precisava de uma jornalista para acompanhar a leitora Carolina, na época com 17 anos. Ela ganhou uma promoção e o prêmio era conhecer a Disney. Minha missão era registrar todo o passeio, inclusive com fotos.
Conheci a jovem e a mãe no aeroporto. Eram de Minas Gerais. Nos juntamos ao grupo da agência, com 80 pessoas. Uau...
Fiquei 12 dias em Orlando, conheci todos os parques, me esbaldei nos tobogãs, encarei algumas montanhas-russas, corri atrás dos personagens (sim... só quem vai lá sabe o que é encontrar a Branca de Neve ou o Homem Aranha...). Tirei fotos da Carol e as minhas, claro!
O meu trabalho e a sorte da Carol chamaram a atenção dos jovens. Eles vinham perguntar o que eu estava fazendo, questionavam a Carol sobre a promoção, diziam que nós duas éramos sortudas. Sim, porque a Carol escreveu a frase vencedora, mas eu também fui premiada. Afinal, viajei para Disney com tudo pago, recebi dinheiro para gastar lá e fui paga pela matéria. E beijei o Mickey!!! Opa, alguém aí tem coragem de dizer que eu não sou sortuda???

segunda-feira, 19 de março de 2012

Um segurança no meio do caminho...

Uma amiga jornalista estava me contando outro dia a atitude de um segurança que não permitia que a equipe gravasse na calçada em frente a loja onde ele trabalhava. Eu disse calçada...local público! É... o local é público, mas é comum alguns seguranças reclamarem com as equipes de tv. "Aqui vocês não podem gravar", costumam dizer. E isso gera muito bate-boca.
Certa vez paramos no bolsão da avenida Paulista _ onde podemos parar com pisca alerta ligado _ e o segurança de um prédio veio reclamar. Disse que o carro não poderia ficar ali... "Pode, senhor, pode. Se quiser, chama a CET."
Quando trabalhava no Agora São Paulo fui cobrir uma greve de ônibus num terminal da zona sul da cidade. A assessoria da secretaria de transportes tinha autorizado, no dia anterior, a fazer reportagem no local. Só que o segurança não sabia disso...
Eu estava acompanhada da Renata, fotógrafa. Irritada, ela ameaçou entrar no terminal, mesmo o segurança não autorizando. No reflexo, ele colocou a mão na cintura, onde estava a arma. Puxei a Renata pelo braço, e falei: parou, daqui a gente não passa. Vai saber onde essa história ia acabar. Tudo foi resolvido quando consegui falar com a assessoria e nossa entrada foi liberada.
Gravar em shopping nem sempre é fácil, mesmo quando temos autorização. A gente entra e lá vão eles para o rádio checar com chefia se a gente pode mesmo estar ali. E vira e mexe me perguntam: vocês têm autorização? Sim, temos...
Certa vez fui gravar numa loja de chá, dentro de um shopping. A proprietária nos deu uma sacola com alguns sachês. Na saída, o segurança nos aborda: vocês vão gravar alguma coisa aqui? Respondi: "não, vim comprar chá" e levantei a sacola. Ele pediu desculpas e foi embora...

obs: esse texto não é uma crítica, apenas relato fatos curiosos que ocorreram na reportagem. Muitas vezes, os seguranças nos ajudam muito nas matérias.

domingo, 11 de março de 2012

Personagens que caem do céu

Sim, os personagens caem do céu!!! Basta saber perceber onde eles estão...
No final do ano houve um incêndio numa favela de São Paulo. No dia seguinte, a chefia queria contar histórias curiosas, com emoção. Caminhando até o local reparei num senhor gritando, olhando para o alto. Parei, observei e descobri que ele chamava os cachorros. Perguntei, e ele respondeu que os três animais eram dele e estavam presos no prédio que pegou fogo... Opa, era o que precisava. Entrevistei, ele chorou, uma história de amor bem bacana. Os cães foram resgatados.
Certa vez gravava num clube sobre a importância do bronzeador. Uma menina de uns onze anos  aproxima-se e pede: "Me entrevista". Você usa bronzeador? "Minha mãe me chama toda a hora pra passar. Ela fala que é sol é perigoso" Oba!!! Fui até a mãe e entrevistei a dupla.
Na última Couromoda mostrei que a tendência eram os sapatos com brilho, glitter. Para ter opinião sobre essa tendência resolvi fazer um povo-fala com as mulheres que estavam na feira. Logo na primeira, uma mulher diz: "Quero aparecer na tv". No que olhei, falei, é você mesma! A mulher estava com uma maquiagem fashion e na sombra muito glitter...Perfeito!
E pra encerrar, outro achado. Pouco antes das eleições, os tribunais costumam colocar urnas eletrônicas para o público treinar. Há alguns anos, fui fazer matéria no metrô sobre isso. A novidade naquele ano era a urna com linguagem em braile. Precisava de um cego... Sorte?  Eu acredito muito nela. E persistência. Espero, espero, espero...de repente, vejo lá na frente um cego passando com um funcionário do metrô. Vou atrás, me apresento e explico sobre a reportagem. Ele aceita e vai até lá testar, dar opinião e tirar foto. No dia seguinte, só o Agora São Paulo tinha um cego dando opinião sobre a nova urna eletrônica.
Não falei? Os personagens caem do céu, só não enxerga quem não quer...