sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

É tudo igual, mas tudo diferente

É, não adianta reclamar. Todo ano é a mesma coisa. A notícia é a mesma, ou quase a mesma. Se não gostar disso, muda de vida, porque no jornalismo é assim.
No ano novo, destacam-se os enormes engarrafamentos para o litoral, as festas na Paulista, em São Paulo, em Copacabana, no Rio de Janeiro, e os seus famosos jogos de artifício. Depois da virada, começam as chuvas de verão. As enchentes e suas tragédias se repetem ano a ano. O que muda é a intensidade. Mas pode preparar a galocha e a capa.
Seja em fevereiro ou março, o carnaval chega. E lá vem as reportagens sobre aprender a sambar, as agremiações, as fantasias mais vendidas....
Passou o carnaval, os olhos se viram para o dia das Mães, a segunda data mais importante para o comércio. Preparamos matérias especiais sobre as mães e o movimento nas vendas. Junho é a vez das festas juninas: receita de doces são comuns...
Julho, férias escolares. Agosto, dia dos pais. Setembro, independência do Brasil. Outubro, dia das crianças e de Nossa Senhora. Novembro, visita aos cemitérios. Dezembro, compras de natal e festas de fim de ano.
Janeiro, começa tudo de novo..
É tudo igual, mas tudo diferente. Em 1998 eu fiz a primeira campanha de vacina contra gripe para idosos. Na época, a campanha era o foco das reportagens. No ano seguinte, a novidade era mostrar que os idosos estavam morrendo menos de pneunomia por causa dessa vacina. No outro ano, eu mostrei que os idosos não estavam aderindo a campanha porque achavam que a vacina provocava gripe. Viu? O assunto é o mesmo, mas sempre há uma saída...
Só procurar.

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