quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Nem puta, nem santa: livre!

Esta semana perdi minha prima Adriana, que morreu aos 40 anos, por complicações de uma ciurgia de redução de estômago. Fiquei pensando... mesmo depois de tantas lutas, as mulheres não vivem em paz. A sociedade - homens e mulheres - diz que a mulher tem de ser magra, não pode ter celulite, se tem cabelos brancos entre os pretos é relaxada, se não casa é solteirona e se está na fase dos 30 anos e não tem filhos fica ouvindo...ah, cuidado, não deixa muito pra frente... E se deixar?? E se ela não quer casar? E se a mulher não quiser mesmo ter filhos? Isso não significa que ela não vai ser feliz, pelo contrário. Ela pode simplesmente querer formar uma família apenas com o marido. E se um dia, a idade biológica não permitir mais ter filhos, pode adotar. É amor do mesmo jeito. Falo isso baseada em reportagens que já fiz sobre o assunto. .
Virei feminista na rede Mulher, emissora em que trabalhei por cinco anos. Nas matérias descobri que as mulheres ainda ganham muito menos que os homens (nas multinacionais sente-se menos a diferença), que muitas empresas ainda não respeitam o período de gravidez ou de licença maternidade, que a violência doméstica é muito maior do que as estatísticas mostram. Enfim, aprendi que as lutas feministas são pela igualdade de gênero. Ninguém quer ser melhor do que os homens ou criar uma guerra civil. Queremos ter os mesmos direitos e mesmo valor na sociedade. Não queremos medir força física, isso os homens têm de sobra. Eles podem continuar sendo gentis e trocar o pneu do carro para uma mulher. Afinal, é preciso força para virar aquela chave horrenda. Mas isso não significa que o salário deles tenha de ser maior que o nosso, que as mulheres não mereçam o mesmo respeito na sociedade. Outro dia li uma frase não sei onde, mas que adorei. Não é preciso rotular a mulher. Nem puta, nem santa: apenas livre!

E tem um movimento feminista que usa esse lema:
"o feminismo convoca as mulheres para serem protagonistas de suas próprias vidas, titulares de seus direitos, capazes de enfrentar os desafios colocados a cada momento com rebeldia, autonomia e ousadia"

5 comentários:

Carla Regina disse...

Adorei!!!!! li sobre este blog no face da Cris, minha amiga que eu admiro e amo muito!!! apesar de nos vermos pouco torço muito por ela e toda a familia dela!!!
PARABÉNS PELO BLOG!!!! bjs

Renata Afonso disse...

obrigada Carla, bem vinda! bjos

Elizia disse...

Adorei Re! É isso mesmo, liberdade sem exclusão e muito amor para dar e receber! Beijos

Valdemar disse...

É Renata, é a pura verdade, hoje em dia a mulher ainda é discriminada em muita coisa, eu em paticular procuro fazer a minha parte, tratando a mulher com igualdade e dando o devido carinho,que toda mulher merece, bj

Clara disse...

Achei muito interessante e verdadeiro. Bom para refletir...Bjs