terça-feira, 9 de agosto de 2011

Túmulo na porta de casa...

Eu fui até o cemitério de Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de São Paulo, para ver a situação das covas. Era para complementar a reportagem de uma outra jornalista. Chegando lá, não vi nada de errado. Mas comecei a perceber o vai e vem de pedestres no meio dos túmulos. Fui até as pessoas para descobrir o que faziam ali. A resposta: muitas moravam ao lado do cemitério e passar pelos jazigos era o caminho mais rápido até o centro do bairro, onde ficavam lojas, supermercados e padarias. Para isso, elas derrubaram o muro e circulavam tranquilamente, inclusive durante a noite! Elas preferiam isso a ter de dar uma volta enorme. E até flagramos um rapaz empinando pipa entre um jazigo e outro...
Muitas casas, inclusive, tinham covas com cruz bem na porta, como prova a foto feita pelo Almeida Rocha, meu companheiro nessas aventuras jornalísticas.
É uma das minhas matérias preferidas da época do Agora São Paulo. Fui eu quem descobriu a história e convenceu a direção do cemitério a mostrar o  problema. O muro já tinha sido construído várias vezes, mas sempre era destruído...

Um comentário:

Carol Capozzi disse...

Isso é o que chamo de virada de matéria...cemitério ser usado como "trajeto" é bravo! Como sempre, Renatinha não volta de uma "saída" sem algo na manga...